O último homem acusado de matar a psicóloga Melissa de Almeida Araújo será julgado nesta segunda-feira (14). O Júri é na Sede da Justiça Federal do Paraná em Curitiba.
Conforme já divulgado no local será permitida a entrada apenas de pessoas diretamente envolvidas no julgamento ou autorizadas pelo Justiça Federal.
Na frente da sede, faixas foram instaladas pedindo por justiça pela psicóloga. Servidores federais também marcam presença no local. Melissa usava uma roupa branca como esta no dia do crime.
"Justiça! O nosso trabalho, a nossa profissão e o Sistema Penitenciário Federal sempre tiveram como missão garantir que a Execução Penal fosse observada nos termos da Constituição e da lei. Essa missão representa para todos os brasileiro, em grande medida e sem distinção, a garantia do Direito à Segurança, do Direito à Justiça. Essa missão também representa a luta de um grupo de homens e mulheres, trabalhadores da Segurança Pública, pela manutenção do próprio Sistema de Justiça em sua ultima ratio. Hoje, nós, os trabalhadores do Sistema Penitenciário Federal, pedimos venia para clamar por Justiça para uma trabalhadora, para uma profissional em particular: Melissa de Almeida Araújo", afirmou sindicato.
Ainda não há informações de quanto tempo deve durar o julgamento.
SOBRE O CASO
Três dos réus foram condenados e um absolvido pelo assassinato da psicóloga na cidade de Cascavel, em maio de 2017. O julgamento teve início no fim de janeiro.
Contudo, no segundo dia, foi determinado o desmembramento do processo em relação ao acusado, pois a banca de advogados que atua em sua defesa deixou o plenário durante o julgamento.
A vítima foi brutalmente assassinada por ser agente na Penitenciária Federal de Catanduvas. Segundo as investigações, o crime foi motivado em represália à atuação regular do Estado brasileiro no controle da disciplina interna nas unidades do sistema carcerário federal. Os réus foram acusados de agir no interesse da maior facção criminosa que atua em todo território nacional, motivados pelo propósito de vingança a funcionários e autoridades do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e pela ideia de intimidação de toda a categoria de agentes penitenciários federais.
Melissa foi morta em frente ao condomínio onde morava, na cidade de Cascavel, residência distante 55 km de Catanduvas. A psicóloga teve sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias e foi considerada um alvo de "fácil alcance", de acordo com as investigações. O marido, que é policial civil e estava junto no momento do crime, chegou a trocar tiros com os criminosos e ficou ferido. O filho do casal estava junto e nada sofreu.
Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal no exercício de suas funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal. O processo envolvia ainda mais duas pessoas acusadas de participar do crime, mas já morreram.
Redação Catve.com
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