Policial

Luiz Carlos Becker, vítima de PM em Toledo é enterrado

Ele andava pela rua Paraíba, quando o policial parou e atirou, ele foi a segunda vítima aleatória da chacina


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Poucas pessoas acompanharam o sepultamento de Luiz Carlos Becker, 19 anos que ocorreu às 10:30 deste sábado (16). Familiares e amigos acompanharam o enterro em ambiente de silêncio e comoção. 

O corpo foi sepultado no cemitério Jardim da saudade, em Toledo. Uma das irmãs da vítima disse que Luiz estava trabalhando a pouco tempo na linha de produção de um frigorífico de Toledo, que a família mora no bairro Santa Maria, distante do local onde ele foi baleado.

A família não sabe porque ele estava no lugar e hora errada. Luiz deixa pais e 4 irmãos. Ele andava pela rua Paraíba, quando o policial parou e atirou, ele foi a segunda vítima aleatória da chacina. Segundo morador, foram ouvidos três tiros.

Em seguida, no período da tarde mais três vítimas do policial Fabiano Júnior Garcia também serão sepultadas. Mãe, irmão e filha do PM. Irene Garcia de 79 anos, Claudiomiro Garcia de 50 anos e Amanda Garcia 12 anos. 

Sobre o caso:

O policial militar Fabiano Junior Garcia, lotado no 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), matou oito pessoas, dentre elas seus três filhos, e tirou a própria vida. A tragédia aconteceu entre a noite de quinta (14) e a madrugada de sexta-feira (15), nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná.

Conforme o que foi apurado pela reportagem do Portal CATVE, o soldado Garcia cumpriu plantão até por volta de 19h. Após deixar o batalhão começou as mortes.

O comandante da Polícia Militar do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira disse que por volta das 23h Fabiano entrou em contato com o cunhado e disse que havia matado em Toledo a esposa, Kassiele de 28 anos, e a filha Amanda adolescente de 12 anos. A polícia foi até o local e localizou os corpos. Em seguida o policial foi até a residência da mãe ainda em Toledo, e matou a facadas Irene Garcia 78 anos e o irmão dele Claudiomiro de 50 anos, com um disparo de arma de fogo. Saindo dali, ele foi até Céu Azul (município que fica a 65 km de Toledo) no sítio dos avós maternos, ali ele matou uma filha de oito anos, Kamili, e o filho Miguel de quatro anos. Os dois passaram férias na casa dos avôs. As outras pessoas da casa não foram feridas.

Na sequência, ele retornou a Toledo, e começou a andar pela área central da cidade. As equipes da PM tentaram localizá-lo de toda forma, no entanto, durante as buscas, ele encontrou na rua dois rapazes, Kaio de 17 e Luiz 19 anos, eles caminhavam e o soldado disparou contra ambos, que morreram no local, por fim, o policial tirou a própria vida dentro do carro Astra. O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que Fabiano enviou diversas mensagens de áudios (veja) para os familiares no intervalo entre as mortes.

Os corpos das duas crianças foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal) de Cascavel. Informações apuradas pela reportagem dão conta de que elas foram executadas com tiro na cabeça, disparados à queima-roupa. As outras vítimas foram levadas ao IML de Toledo.

Fabiano Junior Garcia estava na Polícia Militar desde 2010 e era tido pelos colegas como um cara "tranquilo".

Em um dos áudios gravados por Garcia antes de se matar, ele alega dívidas de jogos e que não aceitava o fim do relacionamento.

VÍTIMAS

Kassiele, esposa de Garcia, de 28 anos

Amanda, filha, 12 anos

Miguel, filho, 4 anos

Kamili, filha, 9 anos

Irene, mãe, 78 anos

Claudiomiro, irmão, 50 anos

Kaio, desconhecido do PM, 17 anos

Luiz, desconhecido do PM, 19 anos

Assessoria

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