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Filho de condenada do caso Evandro é preso com documentos de criança morta

Condenado a mais de 54 anos ele é foragido da Justiça do Paraná


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Foto: PMMS

Foragido do Paraná é preso na região central de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul no sábado (18) com documentos de Evandro Caetano. Veículo foi visto saindo do território Paraguaio, adentrando no Brasil com as luzes do carro desligadas. A cena chamou a atenção da Força Tática que abordou o motorista.

O Corsa era conduzido por Lucas Abagge, filho de Beatriz Abagge, condenada pela morte de Evandro Ramos Caetano. Durante a abordagem Abagge apresentou documentos falsos, do menino desaparecido em 1992. No carro estava a esposa, ela afirma que não sabia a real identidade do companheiro e ainda relata que não desconfiava que poderia ser um foragido da justiça.

O autor foi preso e conduzido à Delegacia de Ponta Porã, o mesmo ficou conhecido nacionalmente ao empreender uma fuga cinematográfica após ser condenado a mais de 54 anos de prisão por homicídio no Paraná. Lucas tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele foi condenado a 32 anos de prisão, em julho de 2019, após matar um adolescente a tiros e machucar outro em Curitiba. O crime ocorreu em 2015.

Além disso, em janeiro de 2019, ele foi condenado por outro homicídio ocorrido em julho de 2016. A pena foi de 54 anos.

Caso Evandro 

Luccas Abagge é filho de Beatriz Cordeiro Abagge, uma das condenadas pela morte do menino Evandro Caetano. Numa série documental, ela relata ter sofrido tortura para confessar o crime e recebeu pedidos de perdão do Estado do Paraná.

Evandro Ramos Caetano, então com 6 anos, desapareceu no dia 6 de abril de 1992. Seu corpo foi encontrado em 11 de abril, em um matagal da cidade litorânea de Guaratuba, no Paraná, sem vários órgãos, com mãos e pés amputados, e vísceras e coração arrancadas.

A promotoria pública do Paraná indiciou Beatriz Cordeiro Abagge e a mãe, Celina Abagge (então primeira dama do município), como mentoras do sequestro e morte de Evandro. A alegação foi de sequestro e utilização da criança em suposto ritual de magia negra para obtenção de benefícios materiais junto a espíritos.

Em 23 de março de 1998, Beatriz e Celina foram julgadas pela primeira vez, em processo que é o mais longo júri da história da justiça brasileira - 34 dias de julgamento. No veredito foram consideradas inocentes. Em 1999 o júri foi anulado, com novo julgamento realizado 13 anos depois, em 28 de maio de 2011.

Outros acusados de envolvimento no suposto assassinato também foram julgados pelo crime: o pai-de-santo Osvaldo Marcineiro, o pintor Vicente de Paula Ferreira e o artesão Davi dos Santos Soares. Os três foram condenados em 2004. Os outros acusados, Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos, foram absolvidos em 2005.

No segundo julgamento Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão. Em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para Beatriz Abagge.

Redação Catve.com com Campo Grande News

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