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Julgamento do caso Rachel Genofre terá embate sobre validade ou não das provas

Expectativa de advogado é que o Conselho de Sentença reconheça todo avanço das investigações nos 13 anos


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O julgamento sobre a morte da menina Rachel Genofre, ocorrido 13 anos atrás, irá provocar um embate entre acusação e defesa em torno da validade ou não das provas levantadas em torno do banco nacional de genes. Para a acusação, o avanço da tecnologia de 2008 precisa ser levado em conta pelo júri popular para condenar o acusado, que confessou ter matado Rachel após o DNA dele ser apontado como o do autor do crime. A defesa deverá questionar a validade das provas levantadas tantos anos depois. O julgamento está marcado para o início da tarde esta quarta-feira (12), em Curitiba. Para o advogado de acusação do caso, Daniel Gaspar, o trabalho científico pelo Instituto Médico Legal e criação de um banco nacional de genes serão destacados. "Hoje, o nosso posicionamento em plenário será no sentido de defender o avanço da criminalística, de defender o trabalho científico que foi muito bem feito, tanto pelo IML do Paraná quanto pelo esforço nacional. Nossa expectativa é que o Conselho de Sentença hoje reconheça a integralidade da sentença de pronúncia, condenando o Carlos Eduardo em todas as qualificadoras ali postas", disse o advogado. Rachel desapareceu após sair da escola onde estudava, no Centro de Curitiba, no fim da tarde de 3 de novembro de 2008. A menina tinha nove anos na época. O acusado pelo crime foi identificado 11 anos depois, em 2019, com a ajuda de exames de DNA. A identificação aconteceu após o cruzamento de dados das polícias do Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Na época, nenhuma câmera de segurança da Rodoferroviária registrou quem teria deixado o mala com o corpo da criança no local, que dificultou ainda mais as investigações. "Chegamos ao final dela por conta do avanço da tecnologia, do avanço da ciência, da criação de um banco nacional de genes que acabou nos trazendo até esse assassino que também é responsável por outros crimes sexuais em São Paulo", destacou Gaspar. Defesa O acusado que está preso em São Paulo é condenado a 25 anos por outros crimes, irá participar do júri de forma remota. Segundo a defesa, o réu não deverá exercer o direito de ficar em silêncio e o objeto é colocar um ponto final neste caso para que se estabeleça a verdade. Uma manifestação de amigos e familiares de Rachel Genofre está prevista para ocorrer a partir das 12h30 desta quarta, nas proximidades do Tribunal do Júri. O pedido será pela pena máxima ao réu Carlos Eduardo.

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