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Araucária: Cliente deve responder por homicídio qualificado com dolo eventual

Confusão em hipermercado causou a morte de uma fiscal da loja em Araucária


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A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (8) o inquérito sobre a confusão em um hipermercado em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, que terminou na morte da fiscal de loja, Sandra Ribeiro. O empresário que recusou o uso da máscara e deu início ao trágico episódio, foi indiciado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando o envolvido assumiu o risco de matar. O delegado responsável pelo caso entendeu que o vigilante, autor do disparo que atingiu a funcionária, agiu em legítima defesa. Além do homicídio, o cliente foi indiciado por outros seis crimes. "Ele foi indiciado pelo crime de infringir medida sanitária preventiva; por duas lesões corporais, uma contra o vigilante e outra contra um funcionário do estabelecimento; injúria, pois ele ofendeu verbalmente algumas pessoas ali; perturbação do sossego e do trabalho alheio", detalhou o delegado, Tiago Wladyka, responsável pelo inquérito. HOMICÍDIO QUALIFICADO Sobre o crime de homicídio qualificado, o delegado explica que o empresário "deu causa ao resultado" quando entrou no mercado "abruptamente", agiu de forma violenta e avanço contra um vigilante armado, uniformizado e ainda tentou tirar a arma da mão dele. Este último fato é negado pela defesa. "Se ele chega no mercado, coloca a máscara e entra normalmente, nada disso teria ocorrido. Entendo que ele assumiu o risco de acontecer uma tragédia da forma como agiu. E qualificado, porque dentro do mercado há grande circulação de pessoas e isso gerou um perigo comum", afirma Wladyka. Já sobre o não indiciamento do vigilante, ele defende que o mesmo agiu em legítima defesa. Um prontuário médico atestando que o cliente apresentava uma lesão na mão, imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas apontariam que de fato houve a tentativa de tirar a arma da mão do segurança e isso reforçaria a tese de legítima defesa. DEFESA DO EMPRESÁRIO Em nota, o advogado que defende o empresário, informa que o cliente continua à disposição das autoridades e que ele vai responder pelo que fez "na medida da sua culpabilidade, nada mais". O indiciamento já seria esperado, mas ele diz aguardar uma resposta em relação a imagens que teriam sido escondidas do público pelo estabelecimento comercial. "O que essas imagens revelam e que as pessoas não podem saber?", questiona a nota. NOVAS IMAGENS EM HIPERMERCADO SÃO DIVULGADAS E ADVOGADO FALA EM REVIRAVOLTA Por fim, o advogado ressalta que algumas classificações utilizadas no inquérito são tecnicamente inadequadas, grosseiras e que as correções serão realizadas no momento processual adequado. DEFESA DA FAMÍLIA DA FISCAL DE LOJA Já o advogado Igor José Ogar, que representa a família da fiscal de loja Sandra Ribeiro, disse em entrevista à Banda B que a conclusão do inquérito foi recebida de forma muito positiva. "Ele coaduna com tudo aquilo que já alegávamos. Em relação ao empresário, estamos totalmente favoráveis e de acordo", afirmou.

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