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"Venho durante todos esses anos lutando para sobreviver", afirma detento

Em audiência ele diz que fogo em colchões foi para alertar Justiça sobre o que estava acontecendo na PEC


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Willian Luiz, conhecido pelo apelido de gordinho, também foi ouvido em audiência no dia 1º de novembro no Fórum de Cascavel a respeito da situação registrada no dia 06 de setembro deste ano na PEC quando colchões foram incendiados. Ele disse à juíza da 4ª Vara Criminal, Filomar Helena Pedrosa Carezia, que desde o dia 2 de agosto de 2017 quando chegou à PEC informou que não poderia ficar na penitenciária por ser oposição à facção PCC. "Sou contra o PCC e ali correria risco". Willian garante que não pertence a nenhuma outra facção e que é decretado à morte pelo PCC desde 2008. "Já venho durante todos esses anos lutando para sobreviver", afirma. O detento comenta que sempre implorou por transferência e que a direção pediu para que ele esperasse. "Como vi que estava demorando, passei a cobrar verbalmente e até com bilhete solicitando transferência. O chefe de segurança entendeu que eu estava incomodando e acabou por me isolar injustamente". No isolamento também foram levados Isaqueu, Éder e Tiago, morto na rebelião n PEC. "O PCC sabia que eu estava na unidade e depois fui entender que isso era uma ordem, negociação entre PCC e o chefe da segurança". Assim como Isaqueu, Willian afirmou que o fogo nos colchões foi provocado por Éder. "Na questão de desespero o Éder tomou a decisão e acabou metendo fogo. Não foi para querer causar rebelião ou prejudicar ninguém, o maior intuito nosso era chegar até a Justiça o que estava acontecendo". Depois da primeira audiência o detento afirma que passou a sofrer muita opressão, tanto fisicamente como psicologicamente. "Ficamos 20 dias sem colchão, sem roupa e sem material de higiene. Estou há mais de dois meses sem pegar pátio de sol, sem direito até mesmo de cortar meu cabelo e fazer minha barba", diz ele. Willian também mostrou marcas no corpo por agressões e disse ser e atingido por balas de borracha. Após a primeira audiência, o detento comentou ainda que ele e outros três presos que estavam juntos no momento do incêndio foram separados. Willian foi condenado a 49 anos por dois homicídios, três assaltos e tráfico em Londrina e cumpriu dez anos em regime fechado. Por erro de transferência da Casa de Custódia, o detento afirma que permanece na PEC, mas que deveria ter sido encaminhado à penitenciária de Cruzeiro do Oeste.

Redação Catve.com

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