Policial

Médico acusado de matar Renata Muggiati tem nova prisão decretada pela Justiça

Mesmo que ele consiga liberdade, o médico continuará preso em razão desta decisão


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O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a ex-namorada fisiculturista Renata Muggiati, teve uma nova prisão decretada pela Justiça do Paraná. Desde o dia 25 de dezembro o médico está preso acusado de agredir outra ex-namorada, há cerca de seis meses. Na sexta-feira (19), Marques se tornou réu em razão desta outra agressão após a denúncia do Ministério Público ter sido acatada pela Justiça. O advogado que representa o médico, Edson Abdala, criticou a decisão. "Precipitada, desnecessária pois se quer a defesa foi consultada sobre o por que Raphael teria ido à casa da mãe do filho", disse. Marques e a ex-namorada teriam mantido um relacionamento por uma semana e se separaram no meio do ano passado. A mulher relatou ter sido agredido com um soco cujo hematoma virou visível, e também disse ter sido ameaçada e xingada. Entre as mensagens, Marques mandou a ela ?vou te arrebentar?, ?maloqueira?, ?piranha?, ?lazarenta?. A agressão teria acontecido no dia 23 de dezembro. Ao decidir pela prisão de Marques, a juíza afirmou que o médico representa risco à ordem pública e que tem inclinação à violência de gênero. ?(?)A reiteração delitiva do réu, que mesmo respondendo a outros processos, por crimes de mesma natureza, voltou a delinquir, demonstram sua inclinação à violência de gênero?, diz trecho da decisão expedida na quarta-feira (18). Quando Raphael Marques conseguiu o habeas corpus e deixou a cadeia, a Justiça havia determinado medidas cautelares. Comparecimento a todas as fases de investigação e de andamento do processo na Justiça; proibição de se ausentar de Curitiba por mais de oito dias, sem dizer onde pode ser encontrado; proibição de acesso e frequência a bares ou similares; e Marques deveria se recolher ao domicílio até às 21h, por exemplo. ?É evidente que o descumprimento isolado da determinação de cautelar para recolhimento noturno não é caso para imediata decretação da prisão preventiva, mas a questão é diferente, já que o denunciado além de descumprir com in casu compromisso assumido perante às autoridades constituídas por ocasião de sua soltura, ainda, praticou nova violência contra mulher. A medida ganha contornos de pedagogia tanto para o réu quanto para a sociedade?, considera a juíza. Ao G1, o advogado Edson Abdala afirmou que a Raphael Marques assumiu a criança, paga pensão e que havia um acordo com a mãe de que as visitas ao filho do casal seriam livres. (Leia aqui o diz a defesa) O médico está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O caso Renata Muggiati morreu no dia 12 de setembro de 2015 após cair do 31° andar do prédio onde vivia. Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, mas novos fatos apontaram para a possibilidade de um crime. No dia 25 do mesmo mês, a Justiça do Paraná decretou a prisão temporária do namorado da fisiculturista. O IML indicou que a morte de Renata aconteceu por asfixia e não pela queda. O laudo contrariou o resultado da necropsia então realizada pelo médico legista Daniel Colman, que afirmava não ter havido a asfixia e que motivou o pedido de liberdade do principal suspeito. Desde o início, Raphael Marques nega as acusações.

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