Policial

Polícia volta ao local onde copeira foi morta

Localização de projétil ainda é um mistério


Imagem de Capa

Em uma nova perícia realizada nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil encontrou um estojo de pistola .40 no local da morte da copeira Rosária Miranda da Silva, de 44 anos. O novo detalhe será incluído na investigação do crime, que aconteceu durante uma confraternização na madrugada de 23 de dezembro no Centro Cívico, em Curitiba. Segundo o advogado Peter Amaro, que defende a policial civil Kátia das Graças Belo, suspeita de disparar contra Rosária, a descoberta do estojo seria uma prova de que a investigadora usou a arma apenas uma vez. "Desde o início nós dissemos que havia sido só um tiro, enquanto as testemunhas falaram que ouviram vários. Agora os peritos devem fazer uma varredura para tentar encontrar o projétil, que continua desaparecido. Acredito que tudo vai ocorrer no sentido de que não restem dúvidas sobre a inocência dela", comentou. Os peritos ainda checaram uma marca no imóvel ao lado do local do crime, que poderia ser de tiro. Após averiguação, no entanto, eles descobriram que se tratava de um buraco feito por uma furadeira. Sobre o caso, no começo da tarde de hoje, a reportagem também conversou com o advogado Ygor Nasser Salah, que representa a família da copeira. Ele afirmou que novos indícios mostram que dois policiais que não participavam das investigações foram reconhecidos por meio de câmeras de segurança na garagem onde a festa aconteceu. "No dia 9 de janeiro, a policial prestou um depoimento adicional, que levantou uma série de contradições. Duas pessoas teriam ido ao local de forma voluntária no dia seguinte ao ocorrido e a policial alegou ter feito o uso de uma viatura descaracterizada. Nós temos que levantar por que essas pessoas foram até lá, não se pode descartar uma alteração na cena do crime, por exemplo. A suspeita ainda relatou que recebeu, no ano passado, uma caixa com 22 munições intactas, mas só entregou dois cartuchos para a delegacia após o crime. O que ela fez com o resto?", questionou. Cadê o projétil? Um ponto ainda não explicado pelas investigações é a localização do projétil. Nasser defende que os prontuários do hospital deixaram claro que a bala ficou alojada na cabeça de Rosária. "No hospital ela passou por cirurgia, mas o objeto não foi retirado. Ela foi levada ao IML (Instituto Médico Legal) ainda com o projétil, que teria que ter sido retirado durante a autópsia. Mas ninguém sabe o que houve e onde ele está. Mesmo assim, acredito que ele vai aparecer", completou. Ele não descarta a possibilidade de exumação do corpo para tirar a dúvida. "Eu já esclareço que, de qualquer forma, já existe materialidade suficiente para mostrar que a policial cometeu o crime", finalizou. A investigadora responde pelo crime em liberdade. A Polícia Civil tem até o dia 25 de janeiro para concluir o inquérito sobre as investigações.

Banda B

PUBLICIDADE

** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642

Mais lidas de Policial
Últimas notícias de Policial