O ex-vereador Juliano Borghetti, que também é irmão da vice-governadora Cida Borghetti (PP), foi preso na manhã desta terça-feira (15) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná, em Curitiba. Segundo Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, o mandado de prisão foi cumprido pela suspeita de corrupção. Além dele, outros dois mandados contra empresários foram cumpridos.
Ele foi preso em casa nesta manhã. O advogado Cláudio Dalledone, que defende a família de Borghetti, chegou ao Gaeco e afirmou que foi pego de surpresa com a notícia da prisão.
A assessoria de imprensa da vice-governadora foi procurada e disse que, no momento, não falará sobre o caso.
Borghetti também é cunhado do deputado federal Ricardo Barros (PP) e tio da deputada estadual Maria Victória (PP).
O MP-PR divulgou a seguinte nota sobre a prisão:
Nesta manhã (15), em Curitiba, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpre três mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão em residências. A ação complementa a Operação Quadro Negro, deflagrada em agosto deste ano pela Polícia Civil, em investigação realizada pelo Nurce (Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos), que apura crimes de corrupção e desvio de recursos da Secretaria de Educação do Paraná em obras de construção civil de escolas.
Foram expedidos pelo Juízo da 9ª Vara Criminal um mandado de prisão temporária e dois mandados de prisão preventiva contra empresários. Foi determinada ainda a apreensão de um veículo.
Reincidente
Borghetti, que durante o primeiro mandato do governador Beto Richa foi superintendente da PR Projetos, a antiga EcoParaná. Ele já foi preso no fim de 2013 após ser um dos torcedores flagrados na briga entre as torcidas do Atlético Paranaense e Vasco da Gama na Arena Joinville.
Operação Quadro Negro
A Operação Quadro Negro apura supostos desvios de recursos públicos por meio de contratos com empresas para obras em escolas da rede pública. A organização criminosa é suspeita de desviar quase R$ 20 milhões.
A investigação começou após uma auditoria iniciada pela Secretaria de Estado da Educação que detectou a fraude. O esquema consistia na emissão de falsos atestados de medições feitas nas obras das escolas públicas. No documento as obras estavam praticamente prontas, mas na prática elas mal tinham começado. Com estes falsos atestados de medições, foram feitos pagamentos indevidos a empresa Valor por serviços que não foram realizados.
Toda a operação foi feita em parceria com a Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público do Paraná.
com Banda B
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