Um exame de DNA apontou um detento da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) como o responsável pelas mortes do acadêmico de Direito, André de Freitas Peres Silva, 21 anos, e da advogada Gabriela Cerci Bernabe, 25 anos. O casal foi encontrado morto no último dia 4 de abril, no interior de um motel, em Paranavaí.
De acordo com o laudo da Polícia Científica de Curitiba, o sêmen encontrado no corpo de Gabriela combinou com o material genético de Marcelo de Oliveira Choti, 33 anos, apontando que a advogada sofreu violência sexual. O teor do documento foi divulgado nesta quinta-feira (3) pelo delegado chefe da 8ª Subdivisão Policial (SDP) de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica.
O suspeito fugiu da Casa de Custódia de Maringá (CCM) em 16 de março e voltou a ser preso no dia 7 de abril - três dias depois do crime no motel -, durante uma tentativa de assalto a uma agência bancária no distrito de Sumaré, em Paranavaí. Ele e outros três comparsas invadiram o banco e fizeram oito pessoas reféns, mas se renderam após duas horas de negociação.
Segundo o delegado, na noite da morte do casal, o suspeito estava escondido no motel e seria a pessoa que aparece nas imagens do circuito interno saindo do quarto 16 e entrando no 18, onde Gabriela e André foram encontrados mortos. Além das imagens, o testemunho de um outro investigado pelo duplo homicídio coloca o detento na cena do crime. O homem, que teve a prisão decretada e está foragido, enviou à polícia uma declaração, no dia 12 de maio, na qual confirma que esteve no motel e indica Choti como responsável pela morte do casal. "Esse outro suspeito confirma que esteve no motel, mas disse que estava dormindo no quarto ao lado quando os jovens foram mortos", diz o delegado. "De qualquer forma, ele precisa se apresentar ou continuará sendo procurado pela polícia". Já Choti, que está preso na PEM, deve prestar interrogatório ainda esta tarde ao delegadooperacional da Polícia Civil de Paranavaí, Carlos Henrique Rossato Gomes, conhecido como Caique, que veio para a cidade para ouvir o suspeito.
Laudo
O laudo do Instituto de Criminalística, divulgado no início de agosto, já havia confirmado a participação de uma terceira pessoa na cena do crime através da análise de 250 horas de gravações das câmeras de segurança, objetos apreendidos no quarto e amostras coletadas pelo Instituto Médico Legal (IML). Os exames confirmaram que o material genético encontrado nas unhas de Gabriela pertencia à própria advogada, e que o sangue no quarto era dela e de André. Exames toxicológicos mostraram que o casal não usou drogas na noite em que foi morto.
O Diário
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