Imagem: Jornal Última Hora
A manifestação realizada pela Associação de Despachos Menores continua nesta quinta-feira (14) na entrada e saída do pátio da A.N.N.P. (Administración Nacional de Navegación y Puertos), na Cidade de Leste, no Paraguai. O grupo iniciou o protesto ontem (13) e mantém o bloqueio com veículos de pequeno porte. Cerca de 300 pessoas participam da mobilização.
Os manifestantes reagem às possíveis mudanças no regime de despacho menor. Um acordo em negociação entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Brasil, e a Direção Nacional de Transporte (Dinatran), do Paraguai, pode retirar os caminhões de porte médio do transporte fronteiriço a partir de março de 2026. A medida atingiria diretamente cerca de 700 motoristas paraguaios que trabalham no transporte de materiais de construção.
O presidente da Associação de Transporte de Carga de Despachos Menores, Ever Rodríguez, afirma que o grupo foi excluído das discussões do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre e não participou das decisões. Ele destaca que a Lei 2.430, que regula o despacho menor no Paraguai, permanece vigente e precisa ser respeitada.
No Brasil, o tema passou pela Câmara dos Deputados. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) declarou que o acordo de 2017 foi criado para cargas de subsistência familiar entre cidades gêmeas, mas hoje o sistema atende principalmente materiais de construção. O órgão considera esse uso inadequado.
Apesar do bloqueio na A.N.N.P., o trânsito na Rota Internacional PY 02 segue normal, com livre circulação.
O prazo para que Brasil e Paraguai definam o novo acordo termina em 16 de março de 2026. Caso não haja entendimento, os caminhões médios ficarão automaticamente proibidos no transporte entre os dois países.
Bruna Guzzo | Catve.com com Jornal Última Hora
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