Um levantamento realizado pela Transitar apresentou um panorama dos acidentes de trânsito registrados em Cascavel.
O estudo foi baseado no período de janeiro a junho deste ano e leva em conta diversas informações relevantes, como os locais onde os acidentes são mais frequentes, os horários em que ocorrem e o perfil das vítimas.
A Transitar coletou dados disponibilizados por vários órgãos, como Detran, IBGE e Cotrans. Em seguida, organizou um levantamento completo com informações e gráficos, que foi divulgado no site da autarquia.
Os dados são esclarecedores, mas preocupantes. De janeiro a junho, oito pessoas morreram no trânsito da cidade: quatro jovens entre 18 e 29 anos, três adultos entre 30 e 59 anos e um idoso com mais de 60 anos. Em relação aos feridos, 40% das vítimas são jovens.
As ocorrências são mais frequentes nos fins de semana. Os horários com maior número de registros são entre 8h e 9h da manhã, e no fim do dia, entre 18h e 19h, durante o retorno para casa.
Durante os dias úteis, os acidentes se concentram principalmente às quartas e sextas-feiras. A maioria aconteceu em vias importantes da cidade, como a Avenida Brasil, a Rua Paraná e a Avenida Tancredo Neves, que juntas somaram mais de 400 acidentes.
Segundo o levantamento, os bairros com mais registros de sinistros nos primeiros seis meses do ano são o Centro, São Cristóvão, Alto Alegre e Floresta. No contraponto, no bairro Lago Azul, houve apenas um acidente registrado no mesmo período.
Quanto à condição dos condutores, 83% dos envolvidos estavam habilitados, e 6% eram inabilitados.
De janeiro a junho deste ano, 61% dos motoristas envolvidos em acidentes eram homens, 29% mulheres e 10% não tiveram o sexo detalhado.
A intenção da Transitar é divulgar estudos como este a cada três ou seis meses, com o objetivo de auxiliar na conscientização de motoristas e pedestres, contribuindo para a redução dos números de acidentes.
Levando em conta os últimos dez anos, o número de mortes registradas em Cascavel no primeiro semestre caiu pela metade: de 16 em 2015 para oito em 2025. Comparando com o ano passado, a queda também foi significativa: em 2024, foram 14 mortes; neste ano, oito.
Confira mais detalhes no vídeo:
Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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