Mais de 200 caminhoneiros paraguaios e brasileiros, incluindo paranaenses, ficaram presos em frio extremo na montanha Paso de Jama, a 4,2 mil metros de altitude, na fronteira entre o Chile e a Argentina. Neste sábado (5), finalmente, os caminhoneiros conseguiram seguir para seus destinos. No fim de junho, o governo chileno e a Prefeitura de São Pedro de Atacama decidiram proibir a circulação de veículos na rodovia CH-27 devido às condições climáticas adversas dos últimos dias.
No dia 5 de julho, foi autorizado o tráfego de caminhões do Chile para a Argentina (sentido oeste a leste), entre 6h e 11h da manhã. Já no dia 6 de julho, foi permitida a circulação no sentido inverso, da Argentina para o Chile (sentido leste a oeste), também no mesmo horário. A liberação foi feita de forma controlada devido às condições climáticas severas na região do Paso de Jama, a mais de 4 mil metros de altitude, garantindo a segurança dos motoristas e evitando riscos de acidentes nas estradas congeladas. São muitos caminhoneiros que tiveram as viagens interrompidas, portanto, estima-se pelo menos três dias para que todos consigam sair da região.
Dia da nevasca:
Alexandro Bianchini e Silvio Morais são moradores de Matelândia, mas trabalham para uma transportadora de Foz do Iguaçu que faz o trecho.
A dupla segue até Iquique, no Chile, a cerca de 636 km, para descarregar e depois retorna ao Brasil.
Vanderlei Bado, é também de Matelândia e faz a rota Joinville (SC) a Antofagasta, litoral do Chile, há cinco anos e, pela primeira vez, viveu uma situação extrema na estrada. A viagem foi interrompida no dia 26 de junho. O caminhoneiro chegou a passar mal e foi resgato por militares, levado ao hospital e ficou em uma pousada em São Pedro do Atacama. Ele seguiu para Antofagasta levar a carga e agora segue para São Pedro do Atacama, liberar o fluxo de caminhões.
O Cristiano seguia rumo a Antofagasta, Chile, mas está de aviso prévio na empresa e por isso vai trocar de caminhão com o colega que já está retornando do Chile para voltar ao Brasil.
Estão excluídos da proibição veículos de emergência, segurança, carabineros e apoio logístico às ações de resgate.
Gabi Lira | Catve.com
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