Um caminhão carregado com trigo continua preso em uma lavoura na região de Céu Azul, no Oeste do Paraná, há uma semana. O veículo saiu da pista durante uma manobra de emergência na BR-277, na tentativa de evitar uma colisão com outro carro que trafegava no sentido contrário.
O caso ocorreu entre a noite de quarta-feira (28 de maio) e a madrugada de quinta-feira. O motorista, Valmir Adão Skrxpczak, relatou à reportagem do Portal CATVE que, ao desviar do veículo, acabou entrando aproximadamente 200 metros dentro de uma plantação de feijão, às margens da rodovia, na altura do quilômetro 625.
O caminhão seguia do Paraguai com destino à cidade de Cascavel, onde a carga seria descarregada em uma empresa localizada na Ferroeste, na saída para Curitiba.
Desde então, o veículo permanece no local. De acordo com Valmir, o proprietário da área rural está solicitando R$ 22 mil como compensação pelos danos causados à lavoura e ainda não autorizou a entrada de máquinas para a retirada do caminhão, mesmo com a informação de que possui seguro e que os prejuízos seriam cobertos posteriormente.
O motorista informou o ocorrido à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e também registrou boletim de ocorrência online junto à Polícia Civil. Uma nova tentativa de remoção do caminhão estava prevista para a manhã desta quarta-feira (4), mas foi cancelada por falta de autorização do proprietário da terra.
Valmir é morador de Santa Rita, no Paraguai, e também possui residência em Santa Terezinha de Itaipu. Ele permanece no local, aguardando uma solução. Caso não haja avanço, pretende procurar a delegacia de Céu Azul para registrar um novo boletim.
O outro lado
Procurado pela reportagem do Portal CATVE, o agricultor, proprietário da área onde o caminhão permanece atolado, negou que tenha impedido a retirada do veículo ou exigido qualquer valor em dinheiro do motorista.
Segundo o produtor, ele apenas solicitou que a remoção ocorresse pelo mesmo trajeto utilizado na entrada do caminhão, a fim de evitar prejuízos maiores à lavoura de feijão, que está em fase de desenvolvimento. Já que a saída por outro local, ou acesso com outros maquinários, traria novos danos.
O agricultor afirma que a equipe responsável pelo resgate pretende utilizar um caminho alternativo, que cortaria uma área maior da plantação, ampliando os danos. Ele ressalta que nunca se opôs à retirada, desde que a operação respeite a integridade da lavoura e minimize os impactos à produção.
Ele disse ainda que, devido ao solo encharcado pelas chuvas recentes, pediu às equipes que aguardassem o tempo firmar, se comprometendo a ajudar pessoalmente na retirada do caminhão assim que as condições permitirem.
Ele reforçou que está aberto ao diálogo e aguarda uma solução que concilie os interesses de todas as partes envolvidas.
Evelyn Antonio | Catve.com
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