Trânsito

O que a Polícia sabe sobre rachas na BR 277 em Foz do Iguaçu

Imagens da imprudência em Foz do Iguaçu são analisadas pela polícia; PRF prepara plano de ação


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JC

A BR-277 é a única porta de entrada terrestre para Foz do Iguaçu, cidade conhecida mundialmente pelas Cataratas. Foi justamente nesse trecho tão importante que a imprudência ganhou destaque.

Na madrugada de sábado para domingo, motociclistas decidiram disputar um racha em plena rodovia. Os homens chegaram a deitar nas motos para ganhar velocidade.

Eles não estavam sozinhos. Havia público para a imprudência: dezenas de pessoas se reuniram às margens da Avenida Sergio Gaspareto, assistindo e comemorando as cenas de irresponsabilidade.

Durante as comemorações, mais cenas de desrespeito à lei. Homens sacaram armas e atiraram para o alto.

A rodovia é de competência federal e deveria ser fiscalizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A produção da Catve procurou a PRF para esclarecer à população como funciona a fiscalização no trecho, mas nenhum representante gravou entrevista.

A PRF informou que a equipe de inteligência faz o levantamento do caso e que um plano de ação será elaborado.

A Polícia Civil também investiga o caso. As imagens estão sendo periciadas com o objetivo de identificar os veículos e as pessoas envolvidas no racha registrado na BR-277.

Participar de racha é crime

A prática de racha, além de extremamente perigosa, é considerada crime no Brasil. O artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que disputar corrida, promover ou participar de competição automobilística não autorizada em via pública é infração gravíssima e configura crime de trânsito.

A pena prevista é de detenção de seis meses a três anos, além de multa e suspensão ou proibição do direito de dirigir. Se houver lesão corporal ou morte, as penalidades aumentam significativamente, podendo chegar a até 10 anos de prisão em caso de homicídio causado durante o racha.

Além disso, os disparos de arma de fogo também configuram crime, podendo ser enquadrados como disparo de arma de fogo em via pública. 

Reportagem de Renan Gouvêa | JC

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