Trânsito

Motorista de micro-ônibus atingido por trem diz que estava a 10 km/h

Ele também informou que má iluminação contribuiu para acidente com trem


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O condutor do micro-ônibus, que foi arrastado por um trem e deixou 10 pessoas feridas e uma morta, prestou depoimento nesta quarta-feira (21) e afirmou que a falta de iluminação no local foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia. Ele disse ainda que estaria trafegando em velocidade aproximada de 30 km/h e ao passar pelos trilhos diminuiu para 10 km/h. O acidente aconteceu na noite da última segunda-feira (19), no Bairro Cajuru, em Curitiba. O motorista do veículo, de 32 anos, foi interrogado pelo delegado Edgar Santana, da Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito), que deu detalhes do depoimento. O comparecimento à delegacia se deu após o condutor deixar o hospital. "Ele e seus advogados estiveram na unidade policial e foi interrogado. Durante o depoimento, ele disse que só viu a locomotiva instantes antes do acidente acontecer, e também afirmou que só ouviu a buzina no momento do impacto", revelou Edgar. Sobre a baixa luminosidade, o delegado mencionou que o motorista do micro-ônibus afirmou haver uma iluminação precária ou inexistente no local. "Ele disse que a presença de árvores também impediu que visualizasse a locomotiva se aproximando", acrescentou. INVESTIGAÇÃO Com os depoimentos do maquinista e do motorista realizados, a Delegacia de Delitos de Trânsito ainda tem outras diligências a serem cumpridas. Testemunhas também serão ouvidas. Outra medida tomada, segundo Santana, foi pedir ao Instituto de Criminalística que seja feito um estudo no local para verificar se há sinalização adequada. O lugar é bastante conhecido pelo elevado número de registros de acidentes envolvendo locomotivas, automóveis e pedestres. Ainda, o condutor do micro-ônibus teria alegado durante o interrogatório que trafegava em uma velocidade aproximada dos 30 km/h. "E ao passar pelo nível da ferrovia [trilho], ele disse que estava em uma velocidade de 10 km/h", disse o delegado. A empresa à qual o motorista pertence irá entregar o GPS à polícia. "Provavelmente terá constado a velocidade em que o veículo estava no momento do acidente", informou. Caso se confirme a responsabilidade do motorista, ele poderá responder por homicídio culposo por causa da morte de Sirlei Mendes dos Santos, que estava sentada na janela do micro-ônibus. A Dedetran espera concluir o caso em até 30 dias. Conforme explicou Edgar Santana, a empresa responsável pela locomotiva envolvida no acidente, entregou documentações que contém a velocidade do trem e todos os atos praticados pelo maquinista durante o trajeto, como frenagens e buzinas, por exemplo.

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