Quem já perdeu um ente querido em um acidente não consegue esquecer. A dor fica ainda maior quando não se vê o responsável pelo acidente receber uma punição. É o caso da Roseli. Em setembro do ano passado, a filha dela, Jaqueline, que voltava pra casa, morreu depois que a moto pilotada por ela, foi atingida por trás por um carro. O motorista fugiu sem prestar socorro. Ele foi identificado dois dias depois e até hoje nada aconteceu com ele.
Uma lei aprovada pelos deputados federais, previa o aumento da pena para quem provoca acidentes de trânsito com mortes sob efeito de álcool ou drogas. A nova lei também previa penas alternativas para os responsáveis pelos acidentes, mas o projeto foi parcialmente vetado pelo Presidente da Republica.
O congresso Nacional tinha o poder de derrubar o veto do presidente, mas deputados e senadores não conseguiram votos necessários para derrubar o veto, provocando a ira da deputada federal pelo Paraná, Cristiane Yared, que teve um filho morto em acidente de trânsito e teve que esperar nove anos para ver o responsável condenado.
O advogado, Luciano Katarinhuk, entende a revolta de quem perdeu um membro da família em um acidente, mas concorda com a lei atual. Segundo ele, existe uma diferença entre quem provoca um acidente por um descuido e quem abusa da bebida ou droga e sai dirigindo sabendo que está colocando a vida de outras pessoas em risco. Mas de uma forma ou outra, todos recebem punição.
O promotor de Justiça, Alex Fadel, também acredita que o veto parcial do presidente a nova lei não vai prejudicar o julgamento das pessoas que cometem crimes ao volante. Para ele, todo acidente de trânsito acarreta uma punição para quem provocou às vezes penas pesadas, outras nem tanto, mas é preciso saber definir cada situação não podendo misturar justiça com vingança.
Jornal da Catve
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