O congelamento de 42% dos recursos destinados ao seguro rural, anunciado pelo Ministério da Agricultura, foi uma medida tomada sem aviso prévio. Foram bloqueados mais de R$ 354 milhões e contingenciados outros R$ 90 milhões, totalizando R$ 445 milhões da dotação orçamentária do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural para 2025. A reação do agronegócio paranaense foi imediata, gerando preocupação e tensão.
A retenção dos valores é ainda mais preocupante considerando que o setor havia solicitado um aumento nos recursos destinados ao seguro rural. O Paraná é um dos estados com o maior número de produtores que contratam seguros agrícolas.
A redução da verba para o seguro rural pode comprometer a segurança financeira dos produtores e a estabilidade do agronegócio. O diretor do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Valini, explica que o seguro é uma ferramenta essencial para prevenir perdas causadas por fatores fora do controle do homem do campo.
Mesmo quando o produtor contrata o seguro, ele não consegue cobrir 100% dos prejuízos em casos extremos. Com o corte da subvenção, outro problema que pode surgir é o aumento no custo da contratação dos seguros.
Paulo Valini acredita que, para o Governo Federal, o prejuízo pode ser ainda maior se os produtores deixarem de buscar esse tipo de proteção.
Para a safra de inverno, os recursos estariam preservados, mas a próxima safra de verão poderá ser comprometida, mesmo com o governo afirmando que o bloqueio pode ser revertido ao longo do ano. A tendência é de aumento da pressão em Brasília nos próximos dias, com o objetivo de reverter o corte, já que outros setores também podem ser impactados.
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Reportagem de Deivid Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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