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O Brasil teve o maior registro de contaminação por agrotóxicos na década, com 276 casos, segundo o relatório anual divulgado nesta quarta-feira (23) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
O número representa um aumento de 762% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 32 casos. Neste ano, 228 casos aconteceram no Maranhão.
A entidade já havia alertado sobre o aumento de casos de contaminação por agrotóxicos em um relatório sobre o primeiro semestre de 2024, divulgado no último mês de dezembro.
O relatório da CPT também indica que houve 2.185 casos de conflitos no campo em 2024, uma queda de cerca de 3% na comparação com o ano anterior. Na ocasião, o país bateu um recorde de ocorrências. No entanto, apesar da queda, ainda é o segundo maior número desde 1985, quando começou a série histórica.
Por outro lado, os assassinatos diminuíram em 58% na comparação com 2023, com 13 vítimas. Ainda assim, as ameaças de morte foram as maiores da década, com 272 casos registrados.
O relatório aponta que as disputas envolvem, por exemplo, luta por terra, água, direitos e pelos meios de trabalho ou produção. Destes conflitos, os indígenas foram as principais vítimas, com cinco mortes. Também foram assassinados três trabalhadores sem-terra, dois assentados, um posseiro, um quilombola e um pequeno proprietário.
O estudo ainda constatou que 46% dos crimes foram comandados por fazendeiros e 31% tiveram policiais como executores.
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