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Copel registra lucro de R$ 831 mi no semestre

Resultado é 27,8% maior que o mesmo período de 2013


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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou o primeiro semestre com crescimento de 27,8% no lucro líquido que atingiu R$ 831 milhões neste ano contra 650 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado dos seis primeiros meses do ano foi alavancado principalmente com as vendas do setor de geração no curto prazo e com o lucro de R$ 244,8 milhões da Usina Termelétrica de Araucária. De acordo com diretor presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, esta usina está operando de forma mais intensa há cerca de um ano para atender à demanda de consumo de energia. O analista de investimentos da Inva Capital, Raphael Cordeiro, destacou que outro motivo que impulsionou o lucro do semestre foi o aumento no consumo de energia na ordem de 6%. Segundo Daleffe, esta elevação no consumo ??ajudou a aliviar um pouco o fluxo de caixa da companhia??. O Lajida (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 1,325 bilhão contra 1,104 bilhão ou 20,1% maior que no primeiro semestre de 2013. Os investimentos da companhia foram 42,8% superiores nos seis primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2013 e totalizaram R$ 1,001 bilhão. Daleffe disse que neste primeiro semestre os investimentos foram mantidos, mas poderão ser menores a partir de 2015. Os cortes podem ocorrer principalmente em novos leilões para a compra de energia. O total da dívida consolidada em 30 de junho deste ano era de R$ 5,711 bilhões, representando 42,2% sobre o patrimônio líquido. Segundo o analista da Inva, o nível de endividamento não é considerado alto para uma companhia do porte da Copel. O percentual de 42% significa que a empresa tem mais dinheiro próprio do que dívidas, possui previsibilidade de fluxo de caixa e consegue financiamentos a custos mais baixos. Já a Copel Distribuição teve prejuízo de R$ 228,9 milhões no primeiro semestre de 2014. No segundo trimestre deste ano, a queda foi de R$ 214,3 milhões, o que mostra que a situação se aprofundou em relação ao primeiro trimestre do ano quando o prejuízo tinha sido de R$ 14,6 milhões. O resultado da Distribuição contribuiu para que a Copel como um todo tivesse redução de 1,3% no lucro líquido no segundo trimestre de 2014 e fechasse em R$ 248 milhões contra os R$ 252 milhões de lucro obtidos no mesmo período do ano passado. Segundo Daleffe, a compra de energia mais cara em leilões em dezembro de 2013 e em abril de 2014 foram os principais motivos do impacto negativo no balanço. Ele disse que, se não fosse o programa de redução de custos implantado pela distribuidora, o prejuízo poderia ser maior. O mercado não recebeu muito bem a notícia do balanço da estatal ontem. As ações preferenciais da companhia (as mais negociadas) tiveram queda de 0,28% e as ordinárias (com direito a voto) caíram -0,20%. O Ibovespa fechou em alta de 0,36% e o Índice de Energia Elétrica encerrou o dia com alta de 0,08%. Segundo Cordeiro, o mercado entendeu que a empresa teve aumento na receita operacional líquida, mas o lucro caiu no segundo trimestre. ??No primeiro dia, o mercado não consegue dirigir bem o balanço. Amanhã (hoje) pode ser que as ações voltem a subir??, disse.

Folha Web

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