Ricardo Emerson Paravisi, 39 anos, que está na ambulância sofreu um grave acidente na BR 277 na noite de terça-feira (22). O homem foi socorrido, mas esperou horas na porta do Pronto-Socorro do Hospital Universitário em Cascavel que se recusou a receber o paciente.
A Polícia Militar precisou ser chamada para intervir. A família do acidentado ficou revoltada com o descaso. Durante mais de três horas ninguém sabia o que seria feito com a vítima de acidente. "Se o HU não pode receber mais ninguém, quer dizer que ninguém mais pode se acidentar porque o HU está fechado? Então vamos falar pra todo mundo não se acidentar mais. Cadê o plano B, cadê a gestão do hospital? O cara está dentro da ambulância, vão esperar mais alguém morrer", disse o irmão da vítima.
"Desde a hora que ele se acidentou já faz três horas que está dentro da ambulância, o oxigênio está acabando. Ligamos para três vereadores, para o prefeito, para Décima Regional de Saúde, para o diretor do hospital, e ninguém resolve nada".
Exames detectaram uma superbactéria no HU de Cascavel e o pronto-socorro foi bloqueado para novos atendimentos. De acordo com a direção da unidade, uma mulher está infectada com o micro-organismo e novos pacientes não serão recebidos até que seja feita a desinfecção.
"Tem o risco de colonizar e infectar outros pacientes. Então a determinação é que não entrasse novos pacientes onde a infectada ficou internada. A paciente tem 20 anos e ela adquiriu essa infecção. A bactéria já existe no Brasil e o risco é grande de transmissão. Se colocarmos o paciente (acidentado) pra dentro assumimos o risco de levar infecção pra ele", alega o médico de plantão, Sérgio Luiz Bader.
A superbactéria Klebsiella pneunoniae conhecida como KPC interditou algumas alas no hospital que, além disso, está com a UTI lotada. "Não temos vaga de UTI, não temos respirador. Estamos com sete pessoas na sala de emergência".
Já era madrugada quando a vaga foi disponibilizada em outro hospital e Ricardo transferido.
Redação catve.com
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