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Promotoria denuncia chefe de unidade prisional pelo crime de concussão

Delegado Chefe aguarda mais detalhes para uma avaliação detalhada


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O chefe das carceragens da 15ª e 20ª subdivisões policiais recebeu com surpresa a notícia da denúncia feita pelo Ministério Público de Cascavel. Segundo o órgão, Ari Batista teria cometido o crime de concussão, ou seja, exigir dinheiro ou vantagens em razão da função pública. Ele supostamente pediu dinheiro em troca de que os presos efetuassem serviços internos para a redução da pena, ou para que não fossem transferidos de unidade. Para Ari, a denúncia é a resposta dos presos para a política mais severa dentro da carceragem. "Os presos que não estão pactuando, estão falando mal, estão falando denúncia. Espero que isso venha a tona, não tenho nada a temer, estão fazendo um bom trabalho, não fui notificado ainda. Pretendo continuar fazendo esse trabalho, estamos impedindo a entrada de drogas, entrada de qualquer ilícito e tem algum crime organizado". A promotoria pede ainda que o chefe das unidades prisionais seja afastado das funções, solicitação que aguarda a decisão do poder judiciário. Segundo o Ministério Público de Cascavel a denúncia mais grave foi em Toledo, na 20ª Subdivisão Policial, por isso os autos de investigação foram levados ao município vizinho. No entanto, a 2ª Vara Criminal da cidade está sem juiz titular para analisar o caso e uma nova magistrada para a vaga só deve chegar na próxima terça-feira. Outro servidor que não teve o nome divulgado também foi denunciado. Ele trabalhava com Ari Batista e quando prestou depoimento a polícia como testemunha, garantiu nunca ter visto o chefe pedir vantagens financeiras para beneficiar detentos. O delegado chefe da 15ª SDP destacou que o serviço carcerário é terceirizado, feito pelo departamento penitenciário da Secretaria de Justiça do Paraná. Mesmo assim, saiu em defesa de Ari. "Palavras de presos nós devemos sempre receber com ressalvas, quanto a eventual denúncia. Eu, até então, tenho o chefe da carceragem uma pessoa correta, dedicada. Mas vamos aguardar o que tem nesses autos, para que a gente possa fazer uma avaliação mais detalhada", dr. Julio Reis. No ano passado por conta de outras denúncias, Ari chegou a anunciar a saída da chefia, mas a pedidos se manteve na função. "Fiz uma coletiva dizendo que estavam fazendo denúncias infundadas dizendo contra a minha pessoa. O doutor Júlio pediu para que eu ficasse e a gente está fazendo um bom trabalho". Acompanhe a nota do Ministério Público O Ministério Público de Cascavel (região Oeste do Estado) denunciou o chefe dos Setores de Carceragens das 15.ª e 20.ª Subdivisões de Polícia Civil (Cascavel e Toledo, respectivamente) pelo crime de concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função pública), por ter exigido dinheiro de detentos das 15ª e 20ª Subdivisões, valendo-se de sua condição de chefe das unidades prisionais. Segundo a denúncia, o denunciado cobrava vantagens financeiras para permitir, por exemplo, que os presos efetuassem serviços internos para reduzir a pena ou para que não fossem transferidos de unidade. Além da denúncia criminal por concussão, a Promotoria também pediu o afastamento do chefe de carceragem de suas funções, mas o pedido ainda aguarda decisão do Poder Judiciário. Também foi denunciado outro servidor que trabalhava com o chefe de carceragem, por ter dito, quando prestou depoimento à polícia como testemunha, que nunca teria presenciado o chefe pedir vantagem financeira para beneficiar detentos.

Jornal Catve 2ª edição

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