Campanha da fraternidade deste ano tem como alvo os jovens

O crime bárbaro é confessado com uma naturalidade assustadora: "Fui eu quem esfaqueei, porque ela arrumou casinha pra mim". Aos 23 anos, Jaqueline foi presa depois de matar uma adolescente de 15 anos a facadas. Este é apenas um dos muitos casos envolvendo jovens. "São vários fatores que acabam fazendo com que essas faixa etária dos 15 aos 26 anos tem cada vez mais incidido na criminalidade, quer como vítima, quer como autores", afirma Nagib Nassif Palma, delegado adjunto 15ª SDP. A inocência juvenil perde lugar para a criminalidade cada vez mais cedo. A violência que a assusta a sociedade destrói a juventude que deveria ser o futuro do País. Lições erradas que muitas vezes são ensinadas dentro de casa. "As famílias estão desestruturadas. A maioria dos jovens que ingressam na criminalidade, ou são filhos de pais separados, ou pais envolvidos com alcoolismo ou drogas, ou que foram abandonados pelos pais e criados por parentes, este é o perfil que se vê dos jovens que estão na Vara da Infância", expõe o advogado criminalista, Luciano Katarinhuk. Especialista na área criminal, o advogado já defendeu muitos adolescentes, pelo menos 5 deles foram assassinados por causa do envolvimento com o mundo do crime. Mudar esta realidade depende de todos, e o primeiro passo acontece durante a Campanha da fraternidade deste ano. A igreja propõe um momento de reflexão, quais os obstáculos desses jovens e como superá-los e como a comunidade pode ajudar a mudar esta triste realidade. Com o tema "Fraternidade e Juventude" e o lema "Eis me aqui, envia-me", a igreja católica acredita que é possível tornar o jovem mais consciente e comprometido.

Jornal da Catve