Cotidiano

Morre Brigitte Bardot aos 91 anos, lenda do cinema francês

Morte foi confirmada pela fundação que leva o nome da estrela


Imagem de Capa

Patrimônio Aberto do Ministério da Cultura da França

Brigitte Bardot, atriz, modelo e ativista francesa, morreu aos 91 anos neste domingo (28). A morte foi confirmada pela fundação que leva o nome da atriz através das redes sociais, mas a causa não foi confirmada.

A atriz estava internada em um hospital em Toulon, no sul da França, e segundo a imprensa francesa, passou por uma cirurgia e vinha sendo monitorada de perto por uma equipe médica.

Brigitte Anne-Marie Bardot, frequentemente referida também por suas iniciais "B.B.", nasceu em 28 de setembro de 1934 em Paris, na França. Formada em balé clássico pelo Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, onde ingressou em 1947. Antes de iniciar sua carreira no cinema, Brigitte estampava capas de revistas aos 15 anos.

Carreira

A atriz estreou no cinema somente em 1952, mas ganhou fama internacionalmente principalmente em 1956 com o filme "E Deus Criou a Mulher". O filme, inserido no contexto da ascensão da nouvelle vague francesa, causou escândalo mundial ao abordar a sexualidade feminina de forma direta e inédita. Apesar das censuras e proibições em alguns países, a produção foi um enorme sucesso comercial, especialmente nos Estados Unidos, transformando Bardot em um fenômeno global da noite para o dia.

Ao longo das décadas de 1950 e 1960, Bardot consolidou-se como símbolo da liberdade sexual e da revolução de costumes. Enfrentou duras críticas de setores conservadores e religiosos, foi alvo de campanhas de boicote e chegou a ser classificada como má influência pelo Vaticano. Mesmo assim, sua popularidade cresceu, e ela passou a ser vista como um dos maiores símbolos culturais da França, sendo chamada pelo então presidente Charles de Gaulle de a principal "exportação" do país.

A fama, no entanto, teve um custo alto. A atriz viveu sob perseguição constante da imprensa e enfrentou crises pessoais profundas. Em 1960, em meio a escândalos amorosos e à pressão midiática, Bardot tentou tirar a própria vida, episódio que chocou o público internacional. O período coincidiu com o lançamento de A Verdade, filme que marcou um amadurecimento artístico e foi amplamente reconhecido pela crítica.

Ao longo da carreira, participou de mais de 45 filmes e gravou cerca de 70 músicas, consolidando-se como referência estética e cultural, e também um dos maiores ícones da França .

Popularizou o decote ombro a ombro, que passou a levar seu nome, e criou a chamada "pose Bardot", que se tornou marca registrada de sua imagem pública.

A decisão de abandonar o cinema

Nos anos seguintes, Bardot passou a se afastar gradualmente do cinema e da vida pública. Cansada da exposição excessiva, buscou refúgio em Saint-Tropez, no sul da França, onde tentou levar uma vida mais reservada e dedicada à proteção animal. Sua relação de conflitos com a fama tornou-se parte central de sua história.

Bardot anunciou o fim definitivo de sua carreira em meados de 1974, pouco antes de completar 40 anos. Quando questionada, ela disse que estava cansada da indústria cinematográfica e que encerrar sua carreira aos 39 anos era uma forma de "sair elegantemente". Nas décadas seguintes, a atriz recusou inúmeros convites para voltar a atuar.


Por Ana Bonini sob supervisão de Alexandra Oliveira | Portal Catve.com

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