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Não sou canabizeiro, sou maconheiro, diz deputado Renato Freitas

Conselho de Ética da Alep analisa denúncias contra o deputado estadual


O deputado estadual Renato Freitas (PT) voltou a ser assunto após participar da ExpoCannabis, realizada em São Paulo. Durante uma entrevista no evento, o parlamentar afirmou ser "maconheiro" e comentou sobre a participação de egressos do sistema prisional no cultivo da planta.

"Eu não fumo cannabis, eu fumo maconha. Não sou canabizeiro, sou maconheiro", afirmou.

Freitas falou ainda em "reparação" e defendeu que pessoas negras e pobres que já foram presas por tráfico tenham protagonismo no que ele chamou de "novo comércio da droga que está se desenhando no horizonte". "Muita gente que está aqui já enxergou isso", afirmou.

Nos últimos dias, o deputado já havia se envolvido em outras polêmicas — incluindo uma briga de rua em Curitiba, que resultou em pelo menos quatro pedidos de cassação.

*O vídeo que repercute é de uma entrevista à revista online Breeza e ao podcast Saindo da Estufa, especializados em conteúdo sobre cannabis, durante a ExpoCannabis 2025, realizada em novembro. 

Conselho de Ética analisa denúncias contra o parlamentar

Nesta segunda-feira (8), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) se reuniu para tratar de sete representações envolvendo Renato Freitas. O colegiado marcou para fevereiro de 2026 as oitivas de três denúncias por quebra de decoro: participação em uma manifestação dentro de um supermercado em Curitiba, ofensa a um funcionário da Casa e envolvimento em uma briga no Centro da capital.

As audiências estavam previstas para segunda (8) e terça (9), mas foram adiadas após pedido da defesa, que alegou falta de notificação adequada e afastamento médico do parlamentar. O presidente do Conselho, Delegado Jacovós (PL), afirmou que as notificações foram feitas corretamente, mas decidiu adiar as oitivas para assegurar o contraditório e a ampla defesa.

O corregedor Artagão Júnior (PSD) sugeriu novas testemunhas no caso do protesto no supermercado, incluindo funcionários que estavam no local.

A deputada Secretária Marcia (PSD) foi designada relatora de duas representações: uma que pede a perda do mandato de Freitas por declarações sobre o uso de maconha, e outra apresentada pela Diretora-Geral da Polícia Penal, referente a falas na tribuna. Ela substitui Marcio Pacheco (PP), que alegou acúmulo de trabalho em outro processo ligado ao parlamentar.

O Conselho também decidiu pelo prosseguimento de mais duas denúncias: uma por supostos gestos que sugeririam "perseguição ou violência institucional" durante sessão plenária, e outra por falas feitas nas redes sociais do deputado. As relatorias ficaram com Dr. Leônidas (CDN) e Secretária Marcia (PSD).

Participaram da reunião os deputados Delegado Jacovós, Artagão Júnior, Doutor Antenor, Dr. Leônidas, Marcio Pacheco, Tito Barichello e Secretária Marcia.

Evelyn Antonio | Catve.com

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