Um cachorro da raça pitbull tem causado preocupação entre moradores do bairro Brasmadeira, na região Norte de Cascavel. Segundo relatos, o animal circula solto próximo à Escola Municipal Nossa Senhora da Salete, e ninguém se apresenta como responsável por ele.
Uma moradora, que passa pelo local quatro vezes ao dia para levar as netas à escola, conta que a presença constante dos cães já se tornou rotina.
"É um cachorro pitbull que está andando no bairro. Não é a primeira vez. Muitas vezes a gente sai com as crianças e dá de encontro com esses cachorros, que são perigosos", afirmou a mulher que preferiu não se identificar.
A situação preocupa ainda mais porque o local onde os animais permanecem é cercado apenas por madeira, estrutura considerada frágil. A área fica no cruzamento da rua Adolfo Garcia com a Guilherme Piovesan, bem próxima à escola.
"Às vezes precisamos fazer um desvio de uma ou duas quadras e até nos atrasamos, porque os cachorros têm mais liberdade do que nós", desabafou.
A moradora relata que já buscou ajuda, mas sem retorno efetivo.
"Liguei para os bombeiros, disseram que não podem fazer nada. Hoje liguei para a Guarda Municipal, que mandou ligar no 162 da prefeitura. A prefeitura manda ligar na Guarda, que manda ligar nos bombeiros… É um serviço de ninguém. Um joga para o outro."
A preocupação dos moradores cresce diante da quantidade de ataques registrados recentemente no município.
Menos de 15 dias atrás, uma mulher de 52 anos foi atacada por um Labrador no bairro Coqueiral. A vítima teve ferimentos nas mãos, punho e coxas, foi atendida pelo Samu e encaminhada ao hospital.
Duas semanas antes, uma criança de 2 anos foi mordida por um pitbull no bairro Cascavel Velho, com ferimentos no rosto e na coxa. Em outro caso, dois pitbulls pularam um muro e atacaram um cachorro na Rua Paris, também no Cascavel Velho. A Guarda Municipal registrou boletim e encaminhou o caso à Secretaria de Meio Ambiente.
Além desses episódios, dois homens, de 61 e 38 anos, foram atacados por dois Rottweilers no bairro Tropical. Dias depois, os mesmos cães voltaram a atacar: um foi abatido pela Polícia Militar, e o outro, capturado e devolvido ao dono.
Em muitas dessas ocorrências, os responsáveis pelos animais sequer foram identificados. Em outras, assinaram termos circunstanciados e seguiram sem penalização. Para as vítimas, ficam a dor, as sequelas e a frustração diante da falta de responsabilização.
Confira os detalhes no vídeo:
Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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