Imagem Reprodução Redes Sociais
Angélica Aparecida Paiva, de Santo Antônio da Platina, perdeu o filho Vítor da Silva de 16 anos e o marido João em menos de 24 horas. Ela participou do "Programa Entre Nós" com Murilo Cardoso e contou sobre esse momento de dor e sofrimento que passou nesses últimos dias.
Ela conta que o filho estava bem, que ele estuda de manhã, trabalhava no período da tarde e a noite ia para a academia. Na terça-feira da semana passada ele relatou dores na garganta e tomou uma medicação.
O adolescente seguiu a rotina normal. Na quinta-feira eles foram juntos a padaria e no sábado, o quadro se agravou, quando ele teve crise de vomito.
Ela e o filho foram para o pronto socorro, onde o menino recebeu soro com antibióticos. Durante a passagem do médico, ele questionou se o paciente havia urinado ou estava com vontade, e a resposta negativa.
Diante disso, o médico aferiu a pressão. Nesse momento, Angélica foi informada que ele teria que ir para a UTI.
"É o seguinte mãe, o rim dele está com problema, por que uma pessoa que toma três litros e meio de soro, não tá com vontade de fazer xixi, alguma coisa não está bem. A gente vai colocar uma sonda nele e ele vai para a UTI"
Neste momento ela se assustou e percebeu que o filho estava com as extremidades em tons arroxeados e geladas. Durante a internação, o menino não apresentou melhoras.
Na sequência, foi informado que o adolescente seria levado para uma área de isolamento devido a piora no quadro. Durante a conversa com uma médica, eles tiveram maior lucidez o que teria ocasionado o quadro.
"Ai que eu fui saber que apenas dois meses ele estava fazendo uso do cigarro eletrônico. Fizeram uma tomografia do tórax. E ela veio me mostrar a filmagem, o pulmão dele estava totalmente tomado pela infecção. E até então ele estava conversando normal. E ali tinha começado uma infecção generalizada"
O tratamento seguiu na unidade hospitalar. O rapaz recebeu várias medicações, entre eles para a pressão, já que ela estava baixa. Durante a noite, ela percebeu que o filho estava confuso e a médica informou sobre o avanço do quadro e que ele precisaria ser intubado.
Angélica então avisou o marido, padrasto do menino, sobre os procedimento. Durante o horário de visita, na recepção do hospital, o homem ficou muito nervoso e sofreu um infarto fulminante e médicos correram para atendê-lo.
"Ele veio falar para mim que o meu marido tinha desmaiado, tinha passado mal. que eles fizeram todo o procedimento e tudo que podiam, mas o meu marido veio a óbito"
Em meio a dor, na segunda-feira ela foi ao enterro do marido e ao retornar ao hospital viu movimentação em direção ao filho e o início de uma massagem cardíaca, momento que foi retirada do local e levado a um quarto. Na sequência, o médico explicou que realizaram os procedimentos de reanimação, mas que o adolescente não tinha resistido.
"Essa infecção, em dois dias, ela acabou. Esse aparelho, esse cigarro eletrônico, ele dizimou a minha família, em dois dias. Ele levou o meu sonho, a minha vida, a minha possibilidade de ser chamada de mãe, o meu filho único."
Ela faz apelo para as autoridades para que algo seja feito, uma campanha ou fiscalização, falando sobre o mal que esse equipamento pode causar.
"Eu vou expor porque está lá no atestado de óbito, que foi a complicação devido ao uso do cigarro eletrônico.
Durante o Programa Entre Nós Murilo rodou uma parte da entrevista com o médico Cassio franco, Pneumologista, que falou sobre o uso do cigarro eletrônico, explicando sobre os malefícios dele para quem o usa.
"Consequentemente você acaba fumando muito mais porque não tem aquele gosto ruim na boca que a própria nicotina faz.[...] A dependência da nicotina muito maior".
Ele também explicou que o que se sabe hoje é que houve um retrocesso sobre tudo que já ganhou em relação ao cigarro.
Acompanhe no vídeo acima:


Evelyn Antonio | Catve.com
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