Estudo mostra que o Whatsapp tem sido usado para compartilhar conteúdos violentos

Um estudo da Agência Lupa revelou que o Whatsapp, principal ferramenta para troca de mensagens no Brasil, tem sido usado para compartilhar conteúdos violentos e disseminar desinformação.

A Lupa mapeou cem mil grupos públicos na plataforma entre julho de 2024 e 2025. Entre os conteúdos mais compartilhados, oitenta por cento estão relacionados a cenas de violência explícita e pornografia, por exemplo. Além disso, foram identificadas as mais diferentes formas de apostas, desde o jogo do bicho até as bets.

Mensagens sobre política também têm amplo compartilhamento entre as principais, ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes.

O mapeamento também encontrou conteúdos sobre o governo federal, com foco em pautas econômicas, como programas sociais e a Lei Rouanet. A pesquisa descobriu, ainda, desinformação ligada à saúde pública e até às olimpíadas de Paris.

"O WhatsApp, ele tem uma particularidade porque ele não é nenhuma rede social, ele é um aplicativo de mensagem, é uma a gente chama de aplicativo de mensageria fechada e é um, ele foi desenhado, construído para conversas privadas. Então a gente vê que o potencial de viralização é muito grande porque ele tá essa confiança passa por essa relação que acontece nos grupos", explica Beatriz Farrugia - pesquisadora e analista da Lupa.

Segundo os pesquisadores, o levantamento reforça a necessidade de estudos contínuos para compreender a evolução dos debates públicos e da desinformação no Whatsapp. Por isso, o texto lista recomendações para os governos, órgãos reguladores, imprensa e agências de checagem, além da própria plataforma.

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