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Mais de 200 animais morreram por raiva no Paraná em 2025

Regiões oeste e sudoeste têm avanço da doença; vacinação tornou-se obrigatória em 30 municípios


Mais de 200 animais já morreram neste ano no Paraná por causa da raiva herbívora. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), de janeiro até agora foram confirmados 218 casos da doença no estado, 81 apenas na região oeste. Todos os animais infectados morreram.

Diante do avanço da raiva, a Adapar decretou estado de alerta e tornou a vacinação obrigatória em 30 municípios das regiões oeste e sudoeste.

"O cenário mostra que a raiva em herbívoros é um problema persistente e ativo, principalmente na região oeste, onde mais da metade dos casos ocorreu, especialmente nas áreas de Cascavel e Laranjeiras do Sul", explica Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar.

O principal transmissor do vírus da raiva em herbívoros é o morcego hematófago, da espécie Desmodus rotundus. A Adapar monitora os abrigos, faz georreferenciamento e acompanha a população de morcegos no estado. Atualmente, 951 abrigos estão cadastrados no Paraná, segundo o órgão.

A vacinação compulsória é destinada a bovinos, búfalos, equinos, ovinos e caprinos a partir de três meses de idade. A segunda dose deve ser aplicada 30 dias depois.

A orientação é que o produtor fique atento aos sintomas e nunca manipule um animal suspeito sem proteção.

"Os animais podem apresentar sinais neurológicos, como salivação excessiva, incoordenação motora, isolamento do rebanho, movimentos de pedalagem e paralisia. Ao notar qualquer sintoma, o produtor deve comunicar imediatamente a Adapar, para coleta de material e investigação. A vacinação e a vigilância são as principais formas de controle da doença", completa Rafael.

O Sindicato Rural de Cascavel também atua em campanhas de orientação durante todo o ano.

"O Sindicato Rural, por meio do Programa Western Desenvolvimento, realiza palestras e reuniões junto com a Adapar e órgãos de fiscalização para reforçar a importância da prevenção e da vacinação. É um trabalho contínuo", afirma Paulo Vallini, diretor-secretário do Sindicato Rural de Cascavel.

Ele reforça a necessidade de atenção dos produtores.

"É um trabalho incansável. Agora, com a obrigatoriedade, o produtor não pode descuidar. Surgindo um caso suspeito, ele deve procurar o sindicato ou a Adapar. Não haverá isolamento da propriedade, e as atividades seguem normalmente, mas é fundamental identificar a origem das possíveis mordidas de morcego para que as providências sejam tomadas", finaliza Vallini.

Confira detalhes no vídeo:


Reportagem de Caio Vasques | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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