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Trump anuncia tarifaço de 100% sobre produtos da China

Nova tarifa deve começar a vigorar em 1º de novembro; anúncio agitou mercados


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Foto: Montagem iG/WikiCommons

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifa de 100% sobre produtos importados da China, nesta sexta-feira (10), a partir de 1º de novembro.

A tarifa será imposta acima de qualquer outra tarifa já paga pela China e os stados Unidos também vão impor "controles de exportação em todo e qualquer software crítico ".

A decisão de Trump foi anunicada horas após ele criticar a iniciativa chinesa de restringir a exportação de elementos ligados às terras raras.

Na Truth Social, o presidente Donald Trump disse a nova tarifa poderá ser aplicada antes mesmo da data prevista, a depender de "quaisquer ações" tomadas pelos asiáticos.

"Acaba de ser divulgado que a China adotou uma posição extraordinariamente agressiva no comércio ao enviar uma carta extremamente hostil ao mundo, afirmando que, a partir de 1º de novembro de 2025, imporia controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que produz, e alguns que nem são fabricados por eles", escreveu o presidente norte-americano.

Trump classificou a decisão de "vergonha moral no trato com outras nações".

"Isso afeta todos os países, sem exceção, e obviamente foi um plano elaborado por eles há anos. É absolutamente inédito no comércio internacional", acrescentou.

Em outra publicação nas redes sociais, Trump afirmou que desistiu de se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, no fim deste mês, na Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul.

"Agora não há motivo algum para que a reunião ocorra", completou.

As tarifas anunciadas por Trump aumentariam os impostos de importação sobre muitos produtos chineses para 130% a partir do próximo mês.

A ameaça de uma escalada massiva nas tarifas poderá resultar nas duas maiores economias do mundo cortando efetivamente os laços.

Controle chinês

A China anunciou na quinta-feira (9) a inclusão de cinco novos elementos à lista de controle de exportações, além de aumentar a vigilância sobre usuários de semicondutores e incluir dezenas de tecnologias de refino na lista de restrições.

Também passou a exigir que produtores estrangeiros de terras raras que utilizem materiais chineses cumpram as regras do país.

A China produz mais de 90% das terras raras processadas e dos ímãs de terras raras no mundo.

Anúncio movimenta mercados

O dólar teve uma disparada, superando a barreira de R$ 5,50 pela primeira vez desde o início de agosto.

A bolsa de valores recuou pelo segundo dia seguido e acumula queda de quase 4% em outubro, em meio às novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e também preocupações com as contas públicas brasileiras.

O dólar comercial encerrou esta sexta vendido a R$ 5,503, com alta de R$ 0,128 (+2,38%) em apenas um dia.

A cotação chegou a abrir o dia em queda, recuando para R$ 5,36, mas inverteu o movimento nos primeiros minutos de negociação. Na máxima do dia, pouco depois das 14h, chegou a R$ 5,51.

No cenário internacional, a nova ofensiva comercial de Washington contra Pequim pressionou os mercados globais.

Os preços do petróleo recuaram mais de 4%, atingindo o menor nível em cinco meses e as bolsas dos Estados Unidos também fecharam em forte queda.

Diante do aumento da incerteza, investidores buscaram proteção em ativos considerados seguros, como ouro e títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

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