Um vendaval ocorrido na segunda-feira (22) provocou danos severos à fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP), levando a empresa a interromper temporariamente toda a produção em suas unidades no Brasil, inclusive nas fábricas de Indaiatuba e Sorocaba.
No complexo de Porto Feliz, rajadas de vento de até 90 km/h chegaram a arrancar o telhado, inundar instalações e comprometer mais de 90% da estrutura da fábrica. Como essa unidade é responsável pela produção de motores que abastecem as demais plantas da marca no país, sua paralisação provocou efeito em cascata: as unidades de Sorocaba e Indaiatuba suspenderam atividades por falta de insumos.
Segundo fontes internas, cerca de 5.700 funcionários, distribuídos entre as três fábricas, foram afetados pela paralisação. A retomada das operações em escala total deve ocorrer apenas no início de 2026, conforme estimativas sindicais, dados os prejuízos estruturais e a necessidade de reconstrução.
Para evitar demissões, a Toyota já anunciou que os dias parados serão abonados até 1º de outubro. A partir daí, serão concedidas férias coletivas por 20 dias. Posteriormente, será iniciado um regime de layoff (suspensão temporária de contratos), que deve ser votado em assembleia virtual pelos sindicatos locais. Dependendo da faixa salarial, os empregados receberão entre 80% e 100% dos vencimentos. A Toyota também assegurou a manutenção de benefícios como convênio médico e participação nos lucros.
A Toyota garantiu que não realizará demissões em razão da paralisação e está negociando para minimizar os impactos sociais da crise.
Lucas Dave | Catve.com
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