O cascavelense Rafael Bernardi, atualmente professor e pesquisador nos Estados Unidos, lidera um estudo internacional sobre uma bactéria que convive naturalmente com o organismo humano, mas que pode causar infecções graves e até a morte quando encontra portas de entrada no corpo, como cortes na pele. Outros cinco paranaenses integram sua equipe de pesquisa.
O grupo conseguiu reproduzir o sistema de aderência da bactéria, responsável pela formação de biofilmes, colônias que tornam a ação dos antibióticos menos eficaz. O objetivo é desenvolver moléculas capazes de impedir essa fixação, criando novas estratégias de terapia antimicrobiana além dos antibióticos convencionais.
"Descobrimos como funciona o adesivo que a bactéria usa para se ligar às células humanas. Esse processo é regulado pelo cálcio: quanto maior a concentração, mais fácil ocorre a ligação. Nossa meta é desenvolver moléculas que atrapalhem esse mecanismo, abrindo caminho para novos medicamentos", explicou o pesquisador.
Entre as possibilidades, estão peptídeos, pequenas proteínas que poderiam ser usados em formulações, como cremes, para prevenir infecções em ferimentos.
Nascido em Cascavel, Bernardi cresceu no bairro Parque São Paulo e estudou em escolas locais antes de seguir carreira acadêmica. Formado em Física pela UEL, fez mestrado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (RJ) e doutorado em Biofísica na UFRJ. Depois, seguiu para os Estados Unidos, onde atua na área de pesquisa. Seus pais continuam vivendo em Cascavel, e ele visita a cidade anualmente.
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Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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