Moradores da região do Lago Municipal, em Cascavel, estão preocupados com o desaparecimento das bolsas de ráfia usadas para o recolhimento de recicláveis. Na Rua Estácio de Sá, no bairro Pacaembu, a coleta programada ocorre duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras pela manhã, mas muitas famílias relatam dificuldade em conseguir a reposição das bolsas.
A comerciante Eva Salete Rodrigues, que vive há mais de 20 anos na região, contou que já deixou de colocar os recicláveis à noite para evitar que fossem levados antes da coleta. "Eu colocava à noite, mas de manhã não tinha mais nada, nem saco nem lixo. Agora só deixo na rua perto das 7h30", disse.
Outra moradora, Cacilda Ramos, afirma que a disputa pelas bolsas é constante. "Somos várias casas e kitnets. Às vezes coloco uma bolsa e some antes da coleta oficial. Quando uso saco transparente, os coletores nem querem, só aceitam a bolsa deles", explicou.
Na Rua Rio Negro, o problema se repete. Moradores relatam que catadores autônomos, conhecidos como atravessadores, passam antes da coleta oficial e recolhem tanto os recicláveis quanto as bolsas.
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) informou que está ciente da situação. A coleta na região é feita de porta em porta por uma empresa terceirizada, que deve deixar uma bolsa nova no local ao retirar a cheia. A secretaria também distribui gratuitamente as bolsas; para solicitar, basta enviar mensagem de texto para o número (45) 98818-7257.
Quanto aos catadores autônomos, a Sema destacou que eles não têm permissão para recolher as bolsas da prefeitura, mas que estudos e parcerias estão sendo feitos para que possam ser inseridos nos ecopontos e trabalhar de forma regulamentada.
Confira detalhes no vídeo:
Reportagem de Caio Vasques | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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