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Em 27 de agosto de 1974, o Brasil se despedia de um dos maiores nomes da música popular: Lupicínio Rodrigues. O compositor gaúcho, nascido em Porto Alegre em 16 de setembro de 1914, ficou eternizado como o "pai da dor-de-cotovelo", expressão que consagrou o gênero de samba-canção marcado por letras de amor, desilusão e melancolia.
Autor de clássicos que atravessaram gerações, Lupicínio transformou em poesia musical os sentimentos mais profundos da alma brasileira. Suas composições, gravadas por grandes intérpretes como Elis Regina, Gal Costa, Jamelão, Nelson Gonçalves e Elza Soares, são até hoje lembradas como verdadeiras obras de arte.
Entre as músicas imortais estão "Vingança", "Nervos de Aço", "Felicidade", "Cadeira Vazia" e "Esses Moços", que se tornaram hinos de quem já sofreu por amor.
Lupicínio e o futebol
Apaixonado pelo futebol, Lupicínio também deixou sua marca fora da música romântica. Torcedor fervoroso do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, ele é o autor do hino oficial do clube, composto em 1953. A canção, entoada até hoje nas arquibancadas da Arena do Grêmio, se tornou parte inseparável da identidade do time gaúcho.
Sua ligação com o esporte ia além das arquibancadas. Lupicínio era presença constante em estádios, vibrava com cada vitória e sofria com as derrotas do tricolor gaúcho, sempre expressando sua paixão pelo clube do coração.
Legado eterno
Mais do que um compositor, Lupicínio foi um cronista da vida cotidiana, traduzindo em versos a dor e a beleza dos sentimentos humanos. Sua obra influenciou gerações de músicos e ajudou a consolidar a identidade da música popular brasileira.
Cinco décadas após sua partida, Lupicínio continua vivo na memória cultural do país. Suas canções seguem sendo regravadas, interpretadas e sentidas, mostrando que a verdadeira arte não tem prazo de validade.
Hoje, ao lembrarmos seu legado, celebramos não apenas o homem que deu voz às dores do coração, mas também o artista que fez do sofrimento e da paixão pelo futebol instrumentos de beleza e imortalidade.
Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974). O Brasil ainda canta sua saudade.
Antonio Mendonça/ Catve.com/ Instituto Moreira Salles/ Site oficial do Grêmio/ SBT RS
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