Foto: Antonio Augusto/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta sexta-feira (1º) os trabalhos do segundo semestre. A sessão de abertura não teve julgamentos.
A sessão ficou marcada pelas críticas dos ministros contra as sanções impostas pelo governo americano a Alexandre de Moraes e contra os ataques à democracia e à soberania nacional.
Foi a primeira declaração do ministro Alexandre de Moraes depois da sanção que prevê bloqueios financeiros contra o magistrado. Moraes comparou o método usado pelos bolsonaristas para intimidar um ministro da suprema corte ao de milícias.
"Estamos vendo diversas condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa que, de forma jamais vista em nosso país, age de maneira covarde e traiçoeira, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento deste STF ao crivo de um Estado estrangeiro", disse.
Durante a sessão, o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, defendeu o colega.
"Com inexcedível empenho, bravura e custos pessoais elevados, conduziu ele as apurações e os processos relacionados aos fatos. Nem todos compreendem os riscos que o país correu e a importância de uma atuação firme e rigorosa, mas sempre dentro do devido processo legal", afirmou.
O retorno dos trabalhos no supremo também marca a retomada do julgamento do núcleo um, classificado como crucial na tentativa de golpe de estado, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus.
As defesas devem entregar as alegações finais em meados de agosto. Somente após a análise dos ministros, é que o presidente da primeira turma do STF, Cristiano Zanin, poderá marcar o julgamento.
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