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Apenas 15,7% das escolas públicas brasileiras possuem psicólogos. O dado é do Censo da Educação, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Com o ritmo atual de contratações, a lei que exige a presença desses profissionais em toda a rede pública, só será cumprida em 2058.
Entre as escolas da rede pública de ensino, as federais são as que têm maior oferta de serviços de psicologia aos alunos, 70,6%. Em seguida, aparecem as municipais (16,5%) e as estaduais (11,4%). Mesmo entre as particulares, apenas 23% oferecem o serviço.
Segundo a psicopedagoga Maria Cecília Gasparian, o atendimento é fundamental para as crianças.
"O psicólogo, por exemplo, tem várias funções dentro de uma escola. Ele pode ser o psicólogo escolar, o psicólogo que trabalha dentro da escola para fazer todas esse movimento de conciliação e de orientação", afirma.
"As crianças de escola pública, de um modo geral, são crianças que têm, dependendo da região onde ela esteja, têm sim muita carência. Precisa se abrir com alguém, precisa conversar com alguém, precisa ter alguém que lhe dê respaldo", completou a especialista.
Para garantir o acesso a esse direito a todos os estudantes, é necessário investimento.
"Para colocar um profissional dentro da escola, ele custa dinheiro. E, às vezes, o governo daquela região não quer investir no psicólogo. Para quê? Porque a ideia das pessoas é assim, psicólogo só trabalha com gente louca. O que que vai fazer na escola?", questiona a psicopedagoga.
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