O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, conhecido como Bibinho, firmou acordos de colaboração premiada com o Ministério Público do Paraná (MPPR) e vai devolver cerca de R$ 266 milhões aos cofres públicos. O valor foi definido com base nos desvios apurados, no enriquecimento ilícito obtido e nos prejuízos causados ao Estado.
Bibinho é investigado por organização criminosa, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes revelados nas operações Diários Secretos e Argonautas, conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo Curitiba.
Os acordos foram homologados recentemente pela Justiça e abrangem ações penais que o ex-diretor ainda responde. Com a homologação, os processos ficam suspensos.
Reparação e segurança jurídica
Com a medida, o MPPR garante a reparação de parte expressiva dos danos causados ao erário e assegura segurança jurídica às ações judiciais. As investigações começaram há quase 15 anos e muitos processos ainda tramitam em grau de recurso, com risco de prescrição, especialmente por conta da idade do investigado, que hoje tem 85 anos.
Por decisão judicial, os processos relacionados ao caso tramitam sob sigilo médio.
Diego Hellstrom/ com MP
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