Faz pouco tempo que o Centro POP foi instalado na Rua Santa Catarina, na região central de Cascavel, onde funcionam diversas clínicas, lanchonetes e comércios. Mas, desde então, comerciantes afirmam enfrentar prejuízos e dificuldades no dia a dia.
Evanuel Dantas Alves é proprietário de uma lanchonete na Rua Souza Naves há seis anos. O ponto comercial fica próximo ao Centro POP, que passou a receber diariamente pessoas em situação de rua. Desde então, segundo ele, o movimento no comércio até aumentou — mas não com novos clientes.
"Muitos moradores de rua vêm perturbar, vêm atrás de lanche... Eu nunca neguei comida a ninguém, mas é difícil trabalhar todos os dias, das 5h da manhã às 17h, e sempre ter alguém pedindo, atrapalhando os nossos clientes. Está bem complicado", desabafa Evanuel.
A lanchonete fica ao lado de um hospital especializado no tratamento de câncer. O comerciante relata que alguns usuários do Centro POP se aproveitam da fragilidade dos pacientes e familiares para pedir dinheiro.
"Eles vêm de fora, já chegam sensíveis com a doença, e aí o pessoal se aproveita disso. Tem uma mulher que vem aqui todos os dias dizendo que o filho morreu, pedindo dinheiro… é sempre a mesma história", relata.
Além disso, Evanuel e seus familiares, que também atuam no comércio local com bicicletas de venda ambulante cedidas pelo município, relataram arrombamentos durante o fim de semana. As bicicletas, que ficam guardadas ao lado da lanchonete, foram danificadas e tiveram os baús violados.
A cunhada dele registrou a situação em vídeo e desabafou:
"Durante o final de semana a gente também não tem paz. Passamos a semana trabalhando, deixando tudo limpo e organizado, e no fim de semana temos que lidar com isso. Com as vítimas da sociedade, como dizem, né? As vítimas do Centro POP."
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Proteção à Comunidade afirmou que realiza rondas ostensivas da Guarda Municipal diariamente na região do Centro POP. Reforçou ainda que a comunidade pode acionar as forças policiais pelos telefones 156 (Guarda Municipal) ou 190 (Polícia Militar).
A Secretaria destacou que não recebeu oficialmente nenhum registro sobre a violação das bicicletas. Reforça que os empresários devem formalizar a queixa e acionar a Guarda, que está à disposição.
Confira mais detalhes no vídeo acima:
Reportagem de Leandro Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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