Uma câmera de monitoramento flagrou, na tarde de terça-feira (22), o momento em que uma mulher ateia fogo em um terreno baldio perto da marginal da BR-467, em Cascavel.
As chamas se espalharam rapidamente pela vegetação seca e moradores da região tentaram conter o fogo até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Apesar de algumas pessoas justificarem esse tipo de prática como "limpeza de terreno", a ação é considerada crime ambiental, conforme prevê a legislação brasileira. A queima irregular de lixo, entulhos ou vegetação coloca em risco a segurança da população e pode causar danos ao meio ambiente, além de gerar fumaça tóxica e problemas respiratórios.
A mulher flagrada nas imagens ainda não foi oficialmente identificada. O caso deve ser investigado.
TRANSTORNOS
Morador do bairro, Ricardo Machado usou a mangueira de sua casa para tentar controlar o incêndio até a chegada do socorro. A ponta de plástica da mangueira chegou a queimar. Segundo ele, havia veículos estacionados na rua no momento em que o fogo começou, o que gerou preocupação com o risco das chamas atingirem os carros.
No terreno atingido havia uma plantação de milho, colhida no dia anterior (22). Com isso, restava apenas a palhada seca, que favoreceu a propagação rápida do fogo.
"É uma irresponsabilidade tão grande da população [...] isso é uma perca que tem de palhada", afirma Alcemir Carlos Dalmut, produtor rural. Ele estava próximo e decidiu ajudar no combate do fogo com o próprio trator.
Até o fechamento desta reportagem, já haviam sido registrados 16 incêndios em vegetação no Paraná apenas hoje (23). O tempo seco, a baixa umidade do ar e o acúmulo de material orgânico nas áreas rurais e urbanas favorecem a propagação rápida do fogo, tornando o período especialmente crítico para ocorrências desse tipo. A maioria dos focos é provocada por ação humana, muitas vezes de forma irresponsável, como queimas irregulares ou descarte de bitucas de cigarro.
Diego Hellstrom/Catve.com
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