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Há 27 anos, o Brasil se despedia de Bolinha, ícone irreverente da TV

Bolinha começou a carreira como radialista em Araçatuba em 1958


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Foto: Reprodução

1º de julho de 2025 — Hoje completa 27 anos da morte de Edson Cabariti Cury, o inesquecível Bolinha, um dos apresentadores mais marcantes da televisão brasileira.

Dono de um carisma único, Bolinha ficou conhecido por comandar o "Clube do Bolinha", programa de auditório que marcou gerações na TV Bandeirantes entre 1974 e 1994. Antes disso, ele já havia conquistado público com "A Hora do Bolinha" e com transmissões de lutas e programas de calouros, sempre com seu jeito escrachado, espontâneo e altamente popular.

Nascido em 16 de julho de 1936, em Bauru (SP), Bolinha começou a carreira como radialista em Araçatuba em 1958. Chegou à capital paulista em 1963 e rapidamente migrou para a televisão, onde seu estilo brega — que ele mesmo adorava assumir — conquistou uma legião de fãs. "Brega é sucesso, mas ser brega é difícil. Eu sou brega e sou sucesso", dizia com orgulho.

Além do humor irreverente e das famosas camisas estampadas (tinha mais de 100!), Bolinha também ficou conhecido pelo pioneirismo: foi o primeiro a levar travestis para um concurso de beleza na TV aberta, quebrando tabus e dando visibilidade a públicos até então ignorados.

Suas "boletes", as dançarinas do programa, eram tratadas como filhas. Segundo relatos, Bolinha era extremamente protetor e carinhoso, mantendo uma relação quase paternal com as bailarinas. "Ele era ciumento, nenhum cantor podia mexer com a gente", relembra Valquíria Rodrigues Campos, que foi bolete por cinco anos.

Com 1,89 metro de altura e até 146 quilos, Bolinha se destacava também pela figura imponente e pelo suor abundante — que ele disfarçava usando camisas folclóricas e sempre para fora da calça.

Bolinha morreu na madrugada de 1º de julho de 1998, aos 61 anos, apenas 15 dias antes de completar 62. A causa foi insuficiência cardíaca e respiratória, consequência de um câncer no aparelho digestivo contra o qual lutava havia três anos. O apresentador estava internado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, e foi sepultado em Santos, no litoral paulista.

Mesmo 27 anos após sua partida, Bolinha segue vivo na memória afetiva de milhões de brasileiros. Seu legado é celebrado por ter revelado inúmeros artistas, quebrado barreiras e, acima de tudo, levado alegria às tardes de sábado por duas décadas.

Um verdadeiro fenômeno popular, o eterno Bolinha segue sendo sinônimo de irreverência, pioneirismo e carisma na história da televisão brasileira. 

Antonio Mendonça/ Catve.com

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