Imagem: Ricardo Stuckert
O Ministério das Relações Exteriores condenou neste domingo (22) os ataques militares de Israel e Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã.
De acordo com o governo brasileiro, as ações representam uma "violação da soberania do Irã e do direito internacional".
"Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala", diz a nota.
O Itamaraty ressaltou que o governo brasileiro reitera a posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e "rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio".
A nota ainda diz que o Brasil repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário. No último sábado (21), um míssil iraniano atingiu um hospital no sul de Israel e deixou dezenas de pessoas feridas.
"Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear", completa o comunicado.
Entrada dos EUA na guerra
Na noite do último sábado (21), os Estados Unidos entraram diretamente no conflito entre Israel e Irã. O governo de Donald Trump ordenou ataques a três instalações nucleares iranianas.
Entre os alvos está a usina de Fordow, considerada o coração do programa nuclear de Teerã.
A guerra aérea começou efetivamente na quinta-feira (12) passada, quando Israel atacou alvos iranianos como justificativa para o avanço do Irã na construção de armas nucleares.
Confira a nota na íntegra
"O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.
O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.
O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.
Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear".
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