A alta rotatividade de trabalhadores foi tema de uma reunião do programa Oeste em Desenvolvimento, realizada nesta terça-feira (17) em Marechal Cândido Rondon. O principal objetivo do encontro foi buscar soluções para reduzir o número de admissões e demissões nas empresas da região.
Atualmente, o índice de rotatividade no Oeste do Paraná varia entre 5% e 7% ao mês, o que representa cerca de 235 mil admissões e desligamentos por ano em média. A meta da Câmara Técnica de Empregabilidade é reduzir esse número em pelo menos 20% até 2028.
O coordenador da Câmara, Sérgio Marcussi, destacou o impacto financeiro da alta rotatividade para as empresas e para a economia regional:
"Nosso foco no programa Oeste em Desenvolvimento é diminuir esse índice em 20%, o que representa cerca de 50 mil movimentações a menos entre admissões e demissões. Quanto custa isso? Qual o impacto para as empresas? É com esse foco que estamos trabalhando", afirmou.
Para o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Paulo Rogério do Carmo, a qualificação da mão de obra é fundamental para combater o problema.
"Temos 47 unidades móveis no Paraná oferecendo cursos gratuitos de qualificação. Além disso, o governo estadual destinou quase R$ 20 milhões para cursos presenciais remunerados. Estamos ouvindo os empresários para entender suas necessidades e preparar os trabalhadores de acordo com o que o mercado exige", explicou.
Algumas empresas da região também estão investindo em estratégias internas para reter talentos. A gerente de Recursos Humanos, Maristella Engels Cândido da Silva, conta que a valorização do colaborador tem trazido resultados positivos.
"Com um salário diferenciado, pacotes de benefícios e desenvolvimento contínuo, o colaborador se sente acolhido e motivado a construir sua carreira dentro da empresa. Isso tem nos ajudado a reduzir a rotatividade", destacou.
Confira detalhes no vídeo acima:
Reportagem de Wagner Lima | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
