Sempre que um temporal se aproxima, a chuva chega acompanhada de preocupação. Na semana passada, bastaram algumas horas para que se formassem cenários devastadores em Cascavel.
Na Vila Tolentino, a Rua Pio XII ficou completamente alagada. Já no acesso pela Rua Olindo Periolo, uma verdadeira piscina se formou, dificultando a passagem de veículos.
De acordo com o Instituto de Planejamento de Cascavel (IPC), foram mapeados 17 pontos críticos de alagamento na cidade. Segundo a prefeitura, todos estão contemplados no planejamento para projetos de macrodrenagem e outras intervenções estruturais.
Marcos Augusto Borges, coordenador de planejamento do IPC, explicou que diferentes tipos de obras estão previstos:
"Temos mapeados 17 pontos de intervenção na drenagem, seja por emissário, novo bueiro, ponte, alargamento de rua ou extensão de rede. Um desses pontos, inclusive, já foi resolvido: na Rua Souza Naves Sul, próximo ao viaduto da Petrocon. Lá choveu recentemente e não houve nenhum problema — foi nossa primeira obra concluída."
Cinco pontos foram definidos como prioritários: dois no bairro Neva (Rua Marechal Rondon e Rua Nereu Ramos), um próximo ao Parque Tarquínio (bairro Parque São Paulo), outro na Rua Salgado Filho (bairro Canadá), e o último na interseção da Rua Osvaldo Cruz com a Rua Rio Grande do Sul, no Centro.
No último dia 5, a Rua Salgado Filho, localizada na parte mais baixa do bairro Canadá, ficou completamente alagada e precisou ser interditada. Um carro chegou a ser arrastado pela força da água e ficou ilhado.
"Na Salgado Filho, já está prevista uma intervenção. O projeto está em elaboração pelo IPC. Além disso, os outros quatro pontos terão os projetos finalizados em breve, e a licitação das obras será lançada ainda este ano", afirmou Marcos.
O coordenador ressaltou que o problema está ligado principalmente à macrodrenagem, mas é agravado por outros fatores:
"Alguns desses pontos têm problemas históricos de drenagem. Com o crescimento da cidade e a impermeabilização do solo, a situação se agrava. A água escoa com mais força, infiltra menos no solo e vai direto para os rios. Por isso, nossa infraestrutura de drenagem precisa acompanhar o ritmo do crescimento urbano", completou.
Confira detalhes no vídeo:
Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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