A psicóloga Carine Scalcon Zandoná já abordou temas extremamente sensíveis ao longo da carreira — da pandemia ao isolamento social, passando por suicídio e violência. Mas foi um outro assunto delicado que veio à tona nos últimos dias e que também merece atenção: os bebês reborn.
Nesta sexta-feira, recebi a Carine no EPC, da CATVE, para conversar sobre esse tema que, à primeira vista, pode parecer só uma curiosidade. Mas por trás das bonecas hiper-realistas, que imitam recém-nascidos com detalhes impressionantes, existem camadas bem mais profundas.
Os bebês reborn começaram como brinquedos colecionáveis para crianças, mas com o tempo passaram a ser usados por muitos adultos como forma de companhia. O assunto ganhou tanta repercussão que já chegou a câmaras de vereadores e até a assembleias legislativas pelo país.
Segundo Carine, é importante olhar com atenção para esse fenômeno. A relação com essas bonecas pode estar ligada a um vazio emocional ou até servir como uma forma de fuga da realidade.
Ela explica que, por si só, ter um bebê reborn não é um problema. O que levanta um sinal de alerta é quando essa relação esconde algo mais sério — como um luto mal resolvido, quadros de demência ou até a busca por atenção nas redes sociais.
"É preciso estar atento ao que está por trás dessa escolha", diz Carine. "A boneca pode trazer conforto momentâneo, mas não substitui relações reais nem preenche vazios emocionais."
Acompanhe a entrevista no vídeo:
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642