Foto: Catve.com
O tenente Alex Boni, do Corpo de Bombeiros, concedeu entrevista ao Catve.com e deu detalhes sobre o incêndio em uma caldeira de indústria de laticínios em Cascavel, no oeste do Paraná, na noite de segunda-feira (19). Ele comentou as dificuldades da equipe, os prejuízos causados pela ação do fogo e a quantidade de água utilizada para o rescaldo.
Os militares do Corpo de Bombeiros foram acionados às 22h04 para atender a ocorrência, de acordo com o sistema de ocorrências da corporação disponível à imprensa. A unidade afetada pertence ao segmento da agricultura familiar.
Quando os bombeiros chegaram, as chamas atingiam "quantidades expressivas" de madeira, usada como fonte de energia em processos produtivos da empresa de laticínios. Os bombeiros usaram três caminhões de combate ao incêndio, um oficial diário e 30 mil litros para apagar o fogo.
O trabalho de rescaldo durou 9h30. "Efetivamente, nós conseguimos obter resultado na extinção das chamas com aplicação depois de um maquinário já na manhã do dia 20", afirma o oficial.
Com a dispersão das lenhas, explica o tenente Alex Boni, a água penetrou nos locais onde não conseguia chegar inicialmente. Ninguém ficou ferido, mas houve prejuízos estruturais e financeiros.
Os responsáveis pela empresa não souberam indicar as possíveis causas do incêndio. A partir de agora, a Polícia Científica apura a origem do fogo.
Crise hídrica se agrava no Paraná e afeta qualidade de vida e agricultura
Historicamente, o mês de maio é marcado por chuvas frequentes e intensas no Paraná, com acumulados próximos dos 200 milímetros. Em 2025, no entanto, o cenário é diferente.
A previsão do Simepar indica que o mês deve terminar com índices de chuva abaixo da média.
Em Cascavel, por exemplo, entre os dias 1º e 18 de maio de 2023, foram registrados 226,4 milímetros de chuva. Já no mesmo período deste ano, o acumulado não passou de 26,6 milímetros.
O Monitor de Secas referente a abril, divulgado na última semana pela ANA (Agência Nacional de Águas), confirmou o avanço da seca moderada em diversas cidades do Sudoeste e Oeste do Paraná.
A análise, realizada em parceria com o Simepar, aponta um agravamento gradual da seca nessas regiões desde dezembro, quando ainda não havia registros de estiagem na metade Sul do estado.
E a tendência é de que o cenário não mude significativamente nos próximos meses. Entre os municípios mais afetados estão Pato Branco e Francisco Beltrão, no Sudoeste, e Foz do Iguaçu, no Oeste.
A falta de chuva já provoca impactos visíveis. A curto prazo, ameaça a produção agrícola; a longo prazo, pode comprometer o abastecimento de água em áreas urbanas e rurais.
Por Samuel Rocha | Catve.com
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642