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Há 34 anos, Gonzaguinha perdia a vida em acidente no Sudoeste do Paraná

Ele foi vítima de um acidente automobilístico na rodovia PR-280, entre Renascença e Marmeleiro


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Foto: Reprodução

Em 29 de abril de 1991, o Brasil perdeu um de seus mais talentosos artistas: Gonzaguinha, aos 45 anos, vítima de um acidente automobilístico na rodovia PR-280, entre Renascença e Marmeleiro, no Sudoeste do Paraná.

Na manhã daquela segunda-feira, por volta das 7h20, o cantor dirigia um Chevrolet Monza, acompanhado do empresário Renato Manoel Duarte e de Aristides Pereira da Silva, responsável pela organização da turnê. O veículo colidiu frontalmente com uma caminhonete Ford F-4000 que invadiu a pista contrária. Gonzaguinha foi levado à Policlínica São Francisco de Paula, em Francisco Beltrão, mas chegou sem vida à unidade. Aristides também não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois.

O artista havia se apresentado na noite anterior no Clube Pinheiros, em Pato Branco, encerrando uma série de shows pelo Oeste e Sudoeste do Paraná, que incluiu cidades como Foz do Iguaçu, Cascavel e Francisco Beltrão. Naquela manhã, seguia para Foz do Iguaçu, onde pegaria um voo com destino a Florianópolis, onde faria mais apresentações.

Trajetória e legado

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, conhecido como Gonzaguinha, nasceu em 22 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro. Filho do "Rei do Baião", Luiz Gonzaga, e da cantora Odaléia Guedes dos Santos, ficou órfão de mãe aos dois anos e foi criado por padrinhos.

Na década de 1970, destacou-se como um dos principais nomes da Música Popular Brasileira (MPB), integrando o Movimento Artístico Universitário (MAU) ao lado de artistas como Ivan Lins e Aldir Blanc. Suas composições, muitas vezes críticas ao regime militar, enfrentaram forte censura; das 72 canções apresentadas, 54 foram vetadas, incluindo "Comportamento Geral".

Com o processo de abertura política, Gonzaguinha passou a explorar temas mais líricos e românticos, consolidando-se como um dos grandes compositores do país. Entre seus maiores sucessos estão "Explode Coração", "Grito de Alerta", "Começaria Tudo Outra Vez", "Sangrando", "O Que É, o Que É?" e "Lindo Lago do Amor".

Suas músicas foram interpretadas por renomados artistas da MPB, como Maria Bethânia, Simone, Elis Regina, Fagner e Joanna. Além disso, Gonzaguinha teve uma carreira marcada pela independência artística, fundando seu próprio selo, Moleque, em 1986.

Reencontro com o pai

Apesar de divergências pessoais e políticas, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga reconciliaram-se no final dos anos 1970. Juntos, realizaram a turnê "Vida de Viajante" e lançaram, em 1981, o disco "A Vida do Viajante", que celebrava a união artística e afetiva entre pai e filho.

Memória viva

Trinta e quatro anos após sua morte, Gonzaguinha continua sendo uma referência na música brasileira. Sua obra permanece atual e inspiradora, sendo constantemente regravada e celebrada por novas gerações de artistas e fãs.

Antonio Mendonça/ Catve.com

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