Recebi recentemente no EPC, da CATVE, a psicóloga e psicoterapeuta Deise Rosa Schroder, para uma conversa sincera e necessária sobre um tema que muitas vezes evitamos, mas que faz parte da vida: o luto.
Deise tem uma conexão pessoal profunda com esse tema. Coincidentemente — ou talvez não — ela se especializou nesse campo após a morte de sua própria irmã. Desde então, tem ajudado muitas pessoas a atravessar essa fase tão difícil da vida com mais consciência, acolhimento e leveza possível.
Segundo ela, o luto é um processo. Começa de forma aguda, intensa, mas com o tempo aprendemos a lidar, a compreender e a encontrar um novo lugar interno para aquela ausência.
"A forma como a gente lida tem muito a ver com a nossa personalidade", destacou.
Pra mim, velórios sempre foram um calo. Um momento difícil de encarar. Mas Deise reforçou que, apesar da dor, o ritual da despedida tem sua importância. É nesse momento que a mente começa a entender o que o coração ainda não consegue processar.
Mas o que mais me marcou na fala da Deise foi a reflexão sobre o tempo.
Mais do que falar sobre o fim, ela falou sobre o que ainda temos: a vida.
O tempo que estamos desperdiçando em excesso nas telas, nos celulares, em distrações que nos afastam das pessoas que amamos. O luto, de certa forma, escancara o quanto cada segundo importa — e o quanto deixamos de viver de verdade quando não estamos presentes.
Falar sobre a morte, no fim das contas, é também um chamado à vida.
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