Papa Francisco nomeou maioria dos cardeais com poder de voto para escolher seu sucessor

O papa Francisco, que morreu no início desta semana aos 88 anos, moldou o futuro da Igreja Católica ao nomear a maioria dos cardeais que escolherão o próximo pontífice. Dos 135 cardeais com menos de 80 anos — e, portanto, com direito a voto — 108 foram escolhidos por ele, o equivalente a 80% do colégio eleitoral.

Ao longo de seus 12 anos de papado, Francisco nomeou 150 cardeais, promovendo uma maior diversidade geográfica no Colégio Cardinalício. Ele ampliou a representatividade de regiões fora da Europa, tradicionalmente dominantes na hierarquia da Igreja.

O Colégio Cardinalício tem atualmente 252 membros, mas apenas 135 são eleitores. Os demais, por ultrapassarem os 80 anos, não participam do conclave.

A forte influência de Francisco sobre o grupo que definirá seu sucessor sugere que o próximo papa poderá seguir a linha reformista e inclusiva que marcou seu pontificado.