Assis Chateaubriand: o legado do magnata das comunicações que dá nome a cidade do oeste do PR

Em 4 de abril de 1968, falecia em São Paulo Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, conhecido como Assis Chateaubriand ou Chatô, uma das figuras mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 a 1960. Nascido em 4 de outubro de 1892, em Umbuzeiro, Paraíba, Chateaubriand foi jornalista, advogado, empresário e político, destacando-se por seu papel central na modernização das comunicações e das artes no país.

Chateaubriand construiu um império midiático sem precedentes ao fundar os Diários Associados, conglomerado que chegou a reunir mais de cem veículos, incluindo jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão. Sua influência foi determinante para a introdução da televisão no Brasil, com a inauguração da TV Tupi em 1950, a primeira emissora de televisão do país. Além disso, foi responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1947, consolidando-se como um dos principais mecenas das artes no Brasil.

Figura polêmica, Chateaubriand era conhecido por suas táticas controversas, incluindo acusações de utilizar seus veículos de comunicação para pressionar anunciantes e adversários políticos. Sua proximidade com figuras políticas de destaque, como o presidente Getúlio Vargas, ampliou ainda mais sua esfera de influência. Apesar das controvérsias, seu impacto na comunicação e na cultura brasileira é inegável.

A cidade de Assis Chateaubriand, localizada no oeste do Paraná, foi nomeada em sua homenagem. Originalmente chamada de Tupãssi, a localidade foi elevada à categoria de município em 1966 e rebatizada para reconhecer a contribuição de Chateaubriand ao país. A escolha do nome reflete o reconhecimento de sua importância no cenário nacional, especialmente no desenvolvimento dos meios de comunicação e na promoção cultural.

Antonio Mendonça/ Catve.com