Após 11 dias internada, a pequena Maria Cecília que sofreu uma grave lesão teve a morte cerebral confirmada na noite desta segunda-feira (03), no Hospital Universitário.
Mesmo em meio à dor, a família tomou uma decisão de compaixão e solidariedade e autorizou a doação de órgãos. Com isso, a menina poderá ajudar a salvar até cinco crianças que aguardam na fila de transplantes.
Gelena Castillo, responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) explicou que, no caso de morte encefálica, o corpo é mantido por aparelhos, permitindo a captação de múltiplos órgãos. A partir desse momento, os exames são inseridos no sistema nacional de transplantes, que identifica os receptores compatíveis.
"Então, a doação de órgãos é feita a partir do momento da constatação do óbito, a doação tem dois tipos de doações, quando o coração para, que é possível doar apenas tecido, e doação de órgãos é quando o cérebro para e o coração é mantido por aparelhos, que é o caso da Maria Cecília, então ela está falecida nesse momento, mas o corpo dela está sendo mantido por máquinas. Dessa forma é possível doar todos os órgãos".
A profissional também destacou o trabalho da equipe hospitalar, que acompanhou a família durante todo o processo, garantindo apoio e esclarecimentos sobre a doação.
"Então a gente acompanha essas famílias, com o intuito de dar apoio pra eles, pra que eles entendam como que é o exame, que é um processo muito demorado, é um processo doloroso".
A decisão da família traz esperança para outras crianças que dependem de um transplante.
"Ao final a gente apoia a família pra tomar a melhor decisão, orienta eles a possibilidade de doação, pra que eles venham realmente escolher isso, que seja um ato de doação de amor".
Redação Catve.com
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